quinta-feira, 30 de novembro de 2017

MISTÉRIO À MODA ANTIGA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Assassinato no Expresso do Oriente (Murder on the Orient Express).
Produção estadunidense de 2017.

Direção: Kenneth Branagh.

Elenco: Kenneth Branagh, Penélope Cruz, Willem Dafoe, Judi Dench, Johnny Depp, Josh Gad, Leslie Odom Jr., Michelle Pfeiffer, Daisy Ridley, Lucy Boynton, Sergei Polunin, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Kinoplex Maceió em 30 de novembro de 2017.

Cotação

Nota: 7,5.

Sinopse: Baseado num dos best-seller de Agatha Christie, que já tinha sido adaptado para as telonas em 1974. De última hora, o detetive Hercule Poirot (Branagh) embarca no Expresso do Oriente, sem saber que estava embarcando também em um grande caso para desvendar, já que durante a viagem, um dos passageiros, é assassinado. Para completar, ainda rola uma avalanche que interrompe a viagem de prosseguir, mas, não de Poirot investigar cada passageiro e descobrir qual deles é o assassino.

Comentários: Um dos mais badalados filmes que estreiam nesse fim de semana nos cinemas brasileiros, Assassinato no Expresso do Oriente traz um elenco estrelar, numa interessantíssima mas nada original premissa de mistério de jogo de detetive. Temos um produção caprichadíssima, que conta com um roteiro satisfatória que traz uma interessante história de mistério que envolve e prende nossa atenção. Erra um pouco na mão por ligeiramente se arrastar e pelo dramalhão no clímax. Mas, nada que ofusque o brilho deste filme de detetive à moda antiga que vale a pena ser conferido.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

DESPERDIÇO DE TALENTOS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Os Parças.
Produção brasileira de 2017.

Direção: Halder Gomes.

Elenco: Tom Cavalcante, Whindersson Nunes, Tirulipa, Bruno de Luca, Oscar Magrini, Paloma Bernardi, Taumaturgo Ferreira, Carlos Alberto de Nóbrega, Milhem Cortaz, Neymar Jr., Wesley Safadão, André Bankoff, Carolina Chalita, Carol Garcia, Marcos de Oliveira, Romeu Evaristo, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 6 do complexo Kinoplex Maceió em 30 de novembro de 2017.

Cotação

Nota: 6,8.

Sinopse: Com ajuda de Romeu (Luca), o trambiqueiro Mário (Magrini) organiza um golpe de uma falsa agência de casamento. O que eles não esperavam é era que o primeiro cliente era justamente o perigoso Vacário (Ferreira), chefão do contrabando na Rua 25 de Março, que os contrata para realizar o casamento dos sonhos da filha dele, Cíntia (Bernardi). Num confusão na famosa rua de comércio popular de São Paulo, os caminhos de Romeu, Toinho (Cavalcante) e os trambiqueiros Ray Van (Nunes) e Pilôra (Tirulipa), acabam se cruzando, e Mário os chantageia para ajudá-los no golpe. O pilantra pula fora com a grana e o quarteto fica com o pepino na mão de cumprir o serviço.

Comentários: Quando o humorista Tom Cavalcante anunciou, em entrevista ao programa The Noite com Danilo Gentili, que iria fazer um filme ao lado dos jovens impagáveis Whindersson Nunes e Tirulipa, sob a batuta do mestre Halder Gomes (que presenteou nosso cinema com a impagável obra-prima Cine Holliúdy e o engraçadíssimo mas malhado O Shaolin do Sertão), me animei bastante e ansiedade foi elevada a nível estratosférico. Mas, toda ansiedade deu lugar à frustração tão logo assistir pela primeira vez o trailer deste filme estrelado pelo trio de talentosos humorista ao lado de Bruno de Luca, na minha opinião, escolha erradíssima, tomando o lugar de um talentoso humorista para formar um quarteto impagável. Mesmo não levando fé e desanimado pra caralho, mas, cumprindo meu compromisso pessoal com o nosso cinema nacional de sempre ir assistir uma produção logo no fim de semana de estreia, encarei o filme, que ao menos não é a merda que o trailer nos faz acreditar - e que até agora a crítica está lascando o pau -, mas não o suficiente para eliminar a frustração por completo.

O primeiro problema do filme é que em nenhum momento é uma obra à altura do diretor, que parece que ligou o piloto automático e não se esforçou em nada para mostrar seu inegável talento criativo, sendo agindo de forma burocrática. Do trio de humoristas, apenas Tirulipa arranca algumas gargalhadas, enquanto que Whindersson Nunes está espantosamente sem graça, só funcionando em alguns momentos em parceria com o Tirulipa, e o veterano Tom Cavalcante está perdidão na trama, brilhando em alguns solos, mas, parecendo um tiozão que força a barra para se enturmar com a garotada, na maioria das sequências com os colegas de cena. O roteiro fraco, típico de comédias abestalhadas que nosso cinema produz ao monte todos os anos, acaba ferrando com tudo e prejudicando e desperdiçando os talentos não apenas do diretor e do trio talentoso, mas de todo bom elenco.

Enfim, não chega a ser um filme totalmente ruim. É engraçadinho, abestalhado e provoca algumas gargalhadas do público menos exigente, principalmente daquelas pessoas que estão acostumadas com a besteirada que nosso cinema nacional vem jogando aos montes nos últimos tempos, e como filme costumeiro e funcional, e não por ser realmente uma ótima comédia, deve fazer um enorme sucesso de bilheterias. Mas, uma comédia costumeira tupiniquim é muito pouco pelos nomes envolvidos, indiscutivelmente, totalmente inferior ao talento do diretor e do trio de humoristas. Quem sabe se rolar uma continuação, derem carta branca ao diretor Halder Gomes e a oportunidade dele escrever o talento e dele dirigir do seu modo os talentosos, e a substituição de um Bruno de Luca por pelo menos um bom ator (Pô! Até o Safadão, que como ator é um bom cantor de forró, se sai melhor na sua micro e descartável participação) finalmente, tenhamos um filme que esteja à altura desses indiscutíveis mestres.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

domingo, 26 de novembro de 2017

TOP 10: CAGADAS RECENTES NAS ADAPTAÇÕES DOS QUADRINHOS.

Sem sombra de dúvida, 2017 foi o ápice das adaptações dos quadrinhos e novembro fecha o ano com a chegada de um filmaço esperado por décadas e duas séries. Com tanta produções bombando nas telonas e nas telinhas, nem tudo são flores e acaba sendo inevitável que algumas cagadas sejam feitas. Nesta postagem iremos listar as dez mais recentes. Para melhor organizarmos, limitamos nas que foram cometidas nos últimos dez anos, ou seja, um ano antes da Marvel iniciar sua saga cinematográfica com o primeiro Homem de Ferro. Antes que se faça mais uma cagada - que esperamos que não aconteça, mas, como dito, infelizmente, é inevitável -, vamos a nossa lista fedida e nada honrosa.


Antes de iniciar a quarta temporada de Agentes da S.H.I.E.L.D., a Marvel teve a ideia superinteressante de lançar um conteúdo exclusivo no YouTube, com a agente Yo Yo. Mas,  a inovação foi totalmente desperdiçada com um roteiro ruim que traz uma historinha insossa, separada em seis episódios minúsculos que duram entre três e seis minutos. Como pouquíssimas pessoas deu a mínima, demos um desconto de Black Friday (estadunidense, não a picareta tupiniquim), mas, não suficiente para ficar de fora da nossa lista.

9. Mudança de sexo da filha de John Diggle na quinta temporada de Arrow

Calma! Não se trata aqui de um caso a la Ivana da novela A Força do Querer, até porque estamos falando de uma bebê. No começo da terceira temporada de The Flash, o herói velocista volta no tempo, muda um fato importantíssimo na sua vida, gerando consequências na linha do tempo, afetando não somente seu próprio seriado, mas, ligeiramente Arrow. Uma chance de ouro para ressuscitar algum personagem memorável, bonzinho ou vilão. Mas, ao invés disso, a preguiça reinou e optaram em simplesmente mexer com sexo do bebê de John Diggle, que deixa de ser a menininha fofinha ao lado, Sara, para se tornar o  menininho também fofinho  John Diggle Jr. Aparentemente, parece que é para fazer uma ligação com o fato de um episódio de Lendas do Amanhã, que se passa em 2046, mostrar o filho de Diggle atuando em Star City como o Arqueiro Verde. E mesmo que seja, não deixa de ser ridículo, já que só bastava nas próximas temporadas Diggle e sua esposa terem outro filho. Uma cagada de tão ridícula e preguiçoso, um puta desperdiço de uma excelente oportunidade única, que acaba tendo um lugar cativo na nossa lista.


O grupo de super-heróis dos quadrinhos mais pé-frio nas telonas não poderia faltar na nossa lista. Após um filme satisfatório, que muita gente desceu o cacete, os caras lançam um continuação dois anos depois, com tudo para reverter isso. Mas, sabemos que não rolou e o resultado foi tão desastroso que afundou a franquia na merda, numa das piores e mais frustrantes adaptações dos quadrinhos de todos os tempos. Ironicamente, o único que não se queimou (Ops! Desculpe-me pelo tosco trocadilho!) com essa merda foi Chris Evans, que atualmente é um dos astros da Marvel nas telonas, como um certo herói embandeirado.

7. Magia em Esquadrão Suicida

E falando em filme com presença obrigatória na nossa lista fedida, temos o filme baseado em quadrinhos mais malhado do ano passado e de todos os tempos. Realmente, é um filme cheio de problemas, mas, que particularmente - e não me xingue por isso - eu gosto muito. Porém, mesmo eu sendo uma das raríssimas exceções no mundo, não tem possibilidade nenhuma de eu aturar a Magia. Vilões mal elaborados é um problema tão comum nas adaptações atuais nas telonas, tanto da Marvel como na DC, que, infelizmente, acaba sendo praticamente uma regra. Mas, aqui temos o fundo do poço,  com uma vilã patética, com trejeitos que mais parecem uma mistura de  movimentos de bonecos de ar de posto de gasolina com coreografia da Anitta e do Pablo Vittar, com a total falta de atuação da modelo e projeto mal sucedido de atriz, Cara Delevingne. Tudo irritantemente ridículo a ponto de ser uma das maiores cagadas de todos os tempos.


Um dos filmes baseados em quadrinhos mais controversos de todos os tempos, dividindo meio a meio tanto a crítica como os fãs. Na sequência onde o morcegão e o homem de aço saem na porrada, quando o primeiro está prestes a dar o golpe mortal, surge a famigerada frase, que só aumentou os argumentos dos que não gostam do filme. Particularmente, sou daqueles que gostam, mas, reconheço que essa sequência, que também gerou inúmeras piadas como a charge abaixo, é uma das soluções mais esfarrapadas e ridículas para se evitar uma tragédia das telonas, que não poderia ficar de fora da nossa lista.


5. O tosco rosto do Superman na cena de abertura de Liga da Justiça.

A cagada mais recente do nossa lista vem justamente na primeira cena do fodástico Liga da Justiça. Com a saída de Zack Snyder, Joss Whedon chegou para finalizar o filme. E resolveu gravar algumas cenas. Nada demais, se não fosse um pequeno problema: um bigode. Também nada demais se o bigode em questão não estampasse o rosto do Superman (se muitos meteram o cacete pelo peito peludo do herói, se aparecesse com um bigode, seria o início da Terceira Guerra Mundial). Então, tiveram a ideia de jerico de removê-lo digitalmente, e o resultado foi essa desgraça ao lado, que deformou o rosto do ator de tal maneira, que quando assistir, achava que se tratava de algum imitador do homem de aço, e só dias depois, com a salivada de críticas, que percebi que era mesmo o homem de aço. O mais grave é que a cena é totalmente desnecessária e descartável, não fede, nem cheira na trama. Simplesmente, um erro grosseiro que poderia ter sido evitado, mas, inventaram de deixar, e deu nessa merda gigantesca.


Contrariando a teoria do palhaço-deputado Tiririca que "pior que tá não fica", o grupo de super-heróis mais pé-frio das telonas está de volta a nossa lista. Também não é por menos. Tudo está errado nessa merda, da escalação equivocada  de um excelente e talentoso elenco jovem (Pô! Colocar um ator negro para fazer um super-herói que arde em chamas, soa como piada racista muito sem graça), passando pelo roteiro ruim que caga para os originais dos quadrinhos, e os efeitos especiais capengas que fazem a remoção digital do bigode de Henry Cavill parecer uma obra de arte. Simplesmente, uma das piores adaptações dos quadrinhos de todos os tempos, que na época que assistir, fiz questão de ignorar como adaptação dos quadrinhos e encarei com ficção científica classe C, para não me irritar e não ser mais um dos milhares a descer o cacete. Mas, fato é fato, e por isso mesmo tem presença obrigatória na nossa lista.

3. Mandarim em Homem de Ferro 3.

O maior inimigo do Homem de Ferro nos quadrinhos, sendo interpretado por um grande ator do calibre de Ben Kingsley. Tinha tudo para a Marvel ter mais um vilão memorável na telonas, que faria companhia ao solitário Loki. Mas, por incrível que pareça, acabou dando uma grande merda. Quem assistiu ao último filme solo de Tony Stark sabe que estou falando da maior merda que a Marvel cometeu nas telonas, algo tão irritantemente patético que soa como deboche da nossa cara, e por isso mesmo, leva o nosso bronze.

2. "Emo-Aranha" em Homem-Aranha 3.

Depois de dois filmaços fodásticos com o Cabeça de Teia, que simplesmente estão entre os melhores filmes do super-heróis dos quadrinhos de todos os tempos, o mestre Sam Raimi caga feio no final da trilogia, que também tinha tudo para ser uma das melhores de todos os tempos, reforçando a lista da "maldição" dos terceiros filmes serem os mais fracos de uma franquia. Alguns erros aqui até são perdoáveis, mas, impossível aceitar a versão malvadona de Peter Parker, que de tão ridícula, ganhou o apelido de Emo-Aranha, por parte da maioria dos fãs, que na verdade, chega a ser uma ofensa aos emos. Com direito a uma dancinha e reboladinha pateticamente ridícula, a intenção era fazer rir, mas, o tiro acabou saindo pela culatra, sendo muito decepcionante e irritante. Realmente uma das maiores cagadas do subgênero de filmes de super-heróis, que reinou absoluta por dez anos, perdendo o posto este ano para...


Com um padrão de qualidade indiscutível nas telonas, nas telinhas e na plataforma streaming, a Marvel fez a maior das cagadas, nessa decepcionante série com super-heróis dos quadrinhos que outrora iriam fazer parte do universo cinematográfico. Personagens antipáticos e irritantes, história fraquíssima, episódios entediantes e sonolentos, e com a única coisa que presta, o fofinho Dentinho, aparecendo bem menos que merecia, com uma desculpa ridícula para isso. Sem dúvida, a maior cagada desta excelente fase das adaptações dos quadrinhos, que deve ser esquecida.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.