domingo, 4 de dezembro de 2016

RECORDAR É REVER: O CANGACEIRO TRAPALHÃO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

O Cangaceiro Trapalhão.
Produção brasileira de 1983.

Direção: Daniel Filho.

Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Zacarias, Regina Duarte, Nelson Xavier, Tânia Alves, José Dumont, Luthero Luis, Daniele Cristina, Bruna Lombardi, Tarcísio Meira, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto cinema São Luiz (Maceió), em home vídeo (VHS e DVD), na TV aberta (Globo) e no notebook.

Cotação

Nota: 9,8.  

Sinopse: O fodão cangaceiro Capitão Virgulino (Xavier) e seu bando vão até uma estação de trem numa pequena cidadezinha do Nordeste para roubar uma misteriosa caixa que está em um trem de passagem pela cidade. O que ele não sabe é que o Tenente Zé Bezerra (Dumont) e sua volante estão de tocaia para ferrar com eles, e isso só não ocorre, porque  na hora H, o humilde pastor de cabras, Severino de Quixadá (Aragão), dedura ao capitão a tocaia armada. Inicia-se um tiroteio e no meio da confusão, Severino e dois ladrões fugitivos do xilindró (Mussum e Zacarias) vão parar no meio do bando dos cangaceiros. Parecido com Capitão, Severino recebe a missão de ir a uma festa numa cidadezinha, enquanto que o cangaceiro Gavião (Santana), recebe a tarefa de levar Expedita (Cristina), filha de Vigulino e Maria Bonita (Alves), para a casa dos padrinhos. Mas, a menina foge e é capturada por Zé Bezerra, e o quarteto atrapalhado se une para resgatá-la.

Comentários: Depois de comentar na semana passada um dos piores filmes dos Trapalhões, hoje é vez de mudarmos da água para o vinho e comentar um dos melhores filmes, que tive a graça de quando criança ir com meu pai assistir na tela do saudoso cinema São Luiz. E não é a toa que O Cangaceiro Trapalhão é um dos melhores filmes trabalho do grupo. Pegando carona no sucesso da inesquecível excepcional minissérie Lampião e Maria Bonita, aproveitando boa parte do elenco central, além da presença do saudoso divertidíssimo quarteto, a frente de um elenco estrelar (com direito até colocar ninguém menos que Tarcísio Meira como mero figurante que entra mudo e sai calado), a direção é do mestre Daniel Filho, com argumento escrito pelos mestres noveleiros Aguinaldo Silva e Doc Comparato, e diálogos escritos pelo saudoso amado mestre Chico Anysio. Uma mistura tão perfeita que impossível não gerar no mínimo um filmaço. E isso só não aconteceu porque na segunda metade, o filme deixa de lado o cangaço para focar só na figura do personagem de Renato Aragão e despencar para o fantasioso, o que acabou estragando um pouquinho o resultado final. Mas, ainda bem que o estrago não foi tão grande já que no geral, temos um divertidíssimo e hilário filme que funciona durante boa parte, inclusive, salvando-se até mesmo os dois únicos desnecessários números musicais, elemento que acabou se tornando obrigatório nos filmes do grupo após Os Saltimbancos Trapalhões. Filmaço inesquecível que, por pouco, não seria o último do quarteto formado, já que no mesmo ano, o grupo se separou temporariamente, colocando de um lado um Renato Aragão solitário e de outro o trio DEMUZA. Imperdível, um dos melhores filmes não somente do quarteto, mas, do nosso cinema nacional. Para ser visto e revisto infinitas vezes e  a qualquer tempo.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

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