sábado, 22 de dezembro de 2012

TRILOGIA REALMENTE ÉPICA.

Peter Jackson e sua equipe recriam com perfeição toda mitologia criada por J.R. R. K Tokien entre os anos 1937 e 1949.
 
Como cinéfilo fico triste ao ver a expressão "épico" sendo usada erroneamente de forma proposital em filmes de franquias teens modinhas. O mais triste é que a nova geração, em especial fãs destas franquias modinhas, compram a propaganda enganosa dos produtores e passam a acreditar no falso raro que um ou mais filme da sua franquia favorita é um épico. E muitos dessas fãs, sequer têm o interesse e a força de vontade de assistir os épicos de verdade, que geralmente possuem uma longa duração e mais de um filme, igualmente longos. Enfim, o fato é que, infelizmente, hoje em dia, os filmes realmente épicos, que tiveram sua fase de ouro entre o final dos anos 1930 e final dos anos 1960, estão cada vez mais raro. A trilogia O Senhor dos Anéis é uma dessas exceções. E diga-se de passagem, uma exceção e tanta. Produzida entre 2000 e 2003, baseada na obra do escritor britânico J.R.R. Tokien (1892 - 1973), o genial diretor Peter Jackson e sua equipe, recriaram com uma perfeição impressionante, usando a mais alta tecnologia, toda mitologia criada pelo escritor. O resultado é de deixar qualquer um de boca aberta, já que conseguiram um feito heroíco, digno dos personagens de produzirem três obras-primas da sétima arte, que de tão perfeitas e excepcionais, ficam impossível de serem analisadas separadamente e colocar cada filme, numa ordem de preferência (por isso que, apesar de sempre ter vontade de comentar sobre a trilogia desde que lancei este blog em 2010, vinha adiando).
 
Começo meu breve comentário sobre esta obra-prima da sétima arte, dando nota 10,0 para cada um dos filmes. Um caso raro de empate técnico entre todos os filmes da franquia, Na verdade, sem querer me contradizer, mas, o fato cada filme, ao mesmo tempo, é completo e completam um a outro. O ideal é que, se houver tempo na nossa correria do dia-a-dia (os três filmes totalizam quase nove horas), o ideal é assisti-los em sequência. Como é praticamente impossível, então, que pelo menos assista durante uma semana. Os três filmes têm roteiros excepcionais, efeitos especiais impressionantes e um elenco afiadíssimo, onde cada ator, abraçou a longa e cansativa jornada comandada por forma maestral por Jackson. As premiações, incluindo as 17 estatuetas do Oscar, foram ao mesmo tempo merecidas, apesar que merecia muito mais, já que os dois primeiros primeiros filmes, na minha opinião, não tiveram o reconhecimento que realmente merecia, deixando uma falsa sensação que o terceiro e o último filme, tenha recebido premiação de forma exagerada, como uma espécie de tentar reparar a injustiça cometida contra as duas obras anteriores. Puro engano, já que O Retorno do Rei  é um filme tão excepcional quanto os seus antecessores.
 
A trilogia épica foi iniciada com chave de ouro em 2001  com O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, indicado ao Oscar em treze categorias, incluindo Melhor Filme (perdendo injustamente para o bom, mas nada demais, Uma Mente Brilhante), recebendo apenas quatro estatuetas (Melhor Trilha, Melhor Efeitos Especiais, Melhor Maquiagem, Melhor Fotografia). Na fantástica Terra Média, o hobbit Frodo Bolseiro (Elijah Woods) está tranquilão na pacata vilazinha Condado, quando recebe a missão de detornar o Um Anel, um anel mágico e maligno que se cair em mão erradas ferra de vez com toda Terra Média. O pequenino ser mitológico parte numa jornada repleta de aventuras e perigos, tendo ao lado outros três hobbits, incluindo o inseparável e fiel amigo Sam (Sean Astin), o mago Gandalf (Ian McKellen), os humanos Aragorn (Viggo Mortensen) e Baramir (Sean Bean), o elfo Legolas (Orlando Bloom), o anão Gimili (John Rhys-Davies), formando a Sociedade do Anel.  Filmaço tão envolvente e empolgante que faz sua duração suas quase três horas não somente passar despercebida, mas nos deixando com gostinho de quero mais.
 
 
A ansiedade não demorou muito, já que graças ao esforço descomunal de Jackson e companhia a saga se encerrou em apenas três anos. Depois da grande estreia, a saga continua no ano seguinte, mantendo o mesmo altíssimo nível no também excepcional O Senhor dos Anéis: As Duas Torres. Dando continuidade a missão de onde parou no filme de estreia. Enquanto Frodo e Sam prosseguem solitários a jornada, contando com uma duvidosa ajuda do enigmático Gollum (Andy Serkis), entrando em Mordor, rumo a destruição do Um Anel, os demais membros da Sociedade do Anel terão que encarar um gigantesco exército de uruk-hai, liderados pelo mago Saruman (Christopher Lee), todos fiéis ao terrível Sauron. Indicado a seis indicações do Oscar, incluindo Melhor Filme (absurdamente, filme perdeu para o lixo musical Chicago), só recebeu apenas duas estatuetas nas categorias Efeitos Especiais e Edição de Som. Vai entender a cabeça oca das antas dos membros da Academia, já que trata-se de outro filmaço, que consegue ser tão bom quanto o original. Outra obra-prima épica excepcional.
 
 
Com dois filmaços excepcionais, um melhor que o outro, o encerramento da trilogia não poderia ser mais surpreendentemente brilhante, fazendo o inimaginável, ou seja, não somente mantendo o mesmo altíssimo nível da franquia, como também elevando ainda mais. Em O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, a saga do anel chega ao seu final ainda mais épico, com as melhores e mais empolgantes sequências de batalha da história do cinema. A batalha final entre o terrível exército das trevas de Sauron e os humanos, liderados por Aragorn, e seus aliados, finalmente acontece, enquanto que os pequeninos Frodo e Sam, estão a um passo de destruir Um Anel, cumprindo a missão que irá ocasionar a destruição das forças das trevas. como a tão sonhada paz  e harmonia. Merecidamente, o filme arrebentou na bilheterias, ocupando atualmente a 6ª posição na lista dos campeões de bilheterias. Ao contrário dos seus antecessores, numa clara espécie de peso de consciência dos membros da Academia, merecidamente o filme ganhou em todas as categorias que concorreu, inclusive, a de Melhor Filme. Um encerramento perfeito e ainda mais surpreendente de uma trilogia incrivelmente excepcional.
 
 
 
 
Depois de nove anos do brilhante fim da saga épica, Peter Jackson e companhia volta a mitologia criada por Tokien em O Hobbit: Um Jornada Inesperada, contando fatos ocorridos 60 anos antes de O Senhor dos Anéis, reiniciando uma nova trilogia. Comparações são inevitáveis e com certeza, Jackson e sua equipe terão a missão de pelo menos manter o mesmo altíssimo nível da excepcional trilogia original. Mas, em se tratando deles, a missão dada será cumprida, presenteando a sétima arte com mais uma brilhante e inesquecível trilogia épica. Com cinéfilo, aguardo ansiosamente, e desejo que desta vez, a justiça e o bom senso dos membros da Academia não venhma tardiamente.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.


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