quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

RECORDAR É REVER: INFERNO VERMELHO.

Arnold Schwarzenegger e James Belushi dão um show e divertem com perfeita parceria.
 
Nada como uma liberação promocional de canais fechados para animar um assinante. E quando se trata de um canal tão desejado como o TCM, emissora que exibe filmaços das  antigas, não tem cinéfilo que não fique feliz. Pena que a liberação não foi algumas semanas atrás, quando a emissora exibiu todos os filmes da franquia 007. Mesmo assim, vou aproveitar ao máximo este presente antecipado de natal dado pela Net, curtindo e revendo filmaços inesquecíveis, ignorados por praticamente todas as emissoras, abertas e por assinaturas, que atuam em nosso país. E começo na noite de hoje, revendo o filmaço Inferno Vermelho, produção de 1988, estrelada por Arnold Schwarzenegger e o impagável James Belushi, que figura entre as melhores de ambos os atores, que esbanja simpatia e entrosamento neste filmaço. Na época, com o estouro de Máquina Mortífera, pipocaram filmes que colocavam lado a lado, opostos que deixam as diferenças de lado, para detonarem a bandidagem. Entre as poucas parcerias que deram certo, esta formada pelo brucutu austríaco e o figuraça hilário estaduniense, que terei a grata alegria em rever mais tarde.
 
Dirigido pelo mestre de ótimos filmes oitentistas Walter Hill (48 Horas, Ruas de Fogo, entre outros clássico da época), que também foi um dos roteiristas, Arnoldão é durão, frio e destemido policial soviético Ivan Danko, que está na cola de um cruel traficante russo (Ed O' Ross, ótimo), responsável entre outros crimes, pela morte de seu parceiro. Na sua perseguição implacável, Danko vem aos Estados Unidos, precisamente a Chicago, onde numa colaboração URSS e Estados Unidos, contará com a parceria do policial Art Riczik (Belushi, roubando cena), que ao contrário dele, é totalmente desleixado. Os dois tiras terão que superar todas as diferenças comportamentais, políticas e culturais, e uma certa rivalidade entre nações, para detornar o cruel Viktor e toda bandidagem, soviética e estaduniense, que se aliou a ele.
 
Com dosagem perfeita de ação e humor, Inferno Vermelho tem um roteiro muito bem escrito, que traz Arnoldão na melhor parceria de sua carreira, e que conta também com uma pequena participação de Laurence Fishburne,  o futuro Mopheus da trilogia Matrix, em começo de carreira. O ex-governador da Califórnia e Belushi, deitam em rola, usando e abusando do roteiro, num entrosamento perfeito (A parceria deu tão certo que Belushi, posteriormente, fez duas pequeninas e hilárias participações em filmes do Arnoldão: uma divertidíssima ponta como ele mesmo em O Último Grande Herói e um figuraça e tosco papai noel trambiqueiro da comédia infantil Um Herói de Brinquedo). O resultado final é um filmaço divertidíssimo que, injustamente sem explicações anda esquecedíssimo. Ainda bem que existe canal como a enlatada TCM e a brasileira Telecine Classic, que hora ou outra, nos presenteia com um filmaço inesquecível como esse. Imperdível! Nota 10,0.
 
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
 
 
 


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