quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

ANTES QUE O MUNDO ACABE...

... uma pequena lista de filmes sobre o tema.
 
De acordo com o calendário maia, amanhã, nosso planeta e tudo que nele existe, inclusive nós, já era. Evidente que a tal previsão de uma civilização extinta rendeu muita conversa e chacota. Desde de sempre o cinema já tinha mostrado o fim ou o nosso quase fime, seja através de invasão alienígena (Independence Day, Marte Ataca!, O Dia que a Terra Parou, etc.), epidemias (franquia Resident Evil, Contágio, Eu Sou a Lenda), corpos estrelares em rota de colisão com o nosso planeta (Armageddon, Impacto Profundo), confirmações de passagens bíblicas (Trilogia Deixados para Trás, O Arrebatamento), a dominação das máquinas (Quadrilogia O Exterminador do Futuro, trilogia Matrix) e, é claro, as guerras promovidas entre o próprio homem (Mad Max, Crepúsculo de Aço, Cyborg: O Dragão do Futuro) e os desastres naturais (2012, O Dia Depois do Amanhã, O Núcleo - Missão ao Centro da Terra). O tema é tão recorrente na sétima arte, que não apena povoa os filmes de ação e aventura dos super-heróis (Franquias Superman e Transformers, Os Vingadores), como também se aventura em outro gêneros mais sérios como o drama (Melancolia, Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo). Este blogueiro elaborou uma pequena lista com os melhores filmes sobre o tema. Evidente que, assim como outras listas que elaboradas neste blog, algum filme poderá ser esquecido, mas, caso isso ocorra, o esquecido será comentado em outra ocasião. Antes que o mundo acabe, vamos a nossa pequena lista.
 
O MESTRE DOS DESASTRES.
 
Se pudessemos responsabilizar alguém pelo fim do nosso planeta, seria o diretor Roland Emmerich. O cara simplesmente ferrou com nosso planeta em boa parte de sua pequena, mas, notável filmografia. Inevitável que a profecia maia não virasse um blockbuster nas mãos do diretor que,  em 2009, nos presenteou com o divertido 2012, reunindo mais uma vez um elenco estrelar liderado por John Cusack, numa rara aparição num blockbuster, que passa por poucas e boas, para salvar a família, enquanto o mundo está acabando. Com efeitos especiais caprichados que proporcionam sequências eletrizantes, fim catrastrófico nem mesmo o nosso Rio de Janeiro, tendo seu maior cartão postal, o Cristo Redentor, sendo engolido pelas águas,  um roteiro padrão de um blockbuster a la Emmerich onde a ação com pitadas leves de drama prevalecem sobre a lógica, e um elenco aparentemente bem a vontade  e se divertindo a beça, o resultado final é um filmaço divertido e empolgante. Nota 9,0.
 
 

 
Antes de realizar nas telonas a profecia maia, Emmerich já tinha ferrado o nosso planeta de forma natural no também divetido O Dia Depois de Amanhã, com um enredo em torno de outro pai de família encarando os perigos enquanto o mundo está acabando. Aqui, o paizão corajoso é o climatologista Jack Hall, vivido por Dennis Quaid, que diante das trágicas consequências do aquecimento global, atravessa os Estados Unidos, rumo a Nova York, para encontrar o filho, vivido por Jake Gyllenhaal, e seus amiguinhos. Mais uma vez, os efeitos especiais são um show a parte, que impressionam e tornam o filme ainda mais empolgante e envolvente, com sequências de encher os olhos. O entrosamento de um elenco afiado, que também embarca numa boa na brincadeira comandada por Emmerich é outro ponto positivo que torna o filme melhor do que deveria ser realmente. Diversão descomprometida garantida. Nota 9,0.
 
 
Mas, sem sombra de dúvida, a melhor destruição do nosso planeta da filmografia de Emmerich, foi justamente no seu primeiro blockbuster, o excepcional Independence Day, que mostra o nosso planeta sendo invadido por alienígenas justamente no dia em que os Estados Unidos comemoram a sua independência. Com um elenco estrelar liderado por Jeff Goldblum, Bill Pulman e um Will Smith, roubando em cena, no filme que definiu o seu estrelato. Os efeitos especiais são de arrepiar os pêlos dos lugares mais inusitados do nosso corpo (as cenas que os invasores destroem um prédio repleto de fanáticos que foram lhes dar boas-vindas e a Casa Branca são assustadoramente realistas e impactantes), somados ao excelente roteiro, escrito inspiradamente por Emmerich e o produtor Dean Devlin, que ainda estrai do seu elenco boas atuações, rendeu um dos melhores e mais inesquecíveis blockbusters de ação todos os tempos. Filmaço divertidíssimo para ser visto e revisto, sem perder o impacto. Nota 10,0.
 
 
WILL SMITH, O SALVADOR DO PLANETA.
 
Falando em Will Smith, o cara já salvou o nosso planeta do fim inevitável em várias ocasiões em sua carreira, desde de Independence Day, passando pela franquia MIB - Homens de Preto. Mas, a porra do fim do mundo ficou séria mesma no eletrizante Eu Sou a Lenda, de 2007, onde praticamente sozinho, acompanhado apenas do seu cachorro, o cara perambula pelas ruas de Nova Iorque, enfrentando zumbis, originários de uma epidemia que ferrou o nosso mundo. Smith dar um show de atuação a tal ponto que o filme perde um pouco o pique a partir do momento que pinta outros dois atores em cena, mãe e filho, que como o personagem de Smith sobreviveram a epidemia. A moça, inclusive, é vivida pela nossa Alice Braga, que além de embelezar o filme, tem uma atuação razoável. Mas, nem a entrada de outros atores em cena, nem o fraquíssimo e frustrante final, tiram o brilho deste filmaço excecpional, com roteiro muito bem escrito e uma excelente atuação de Smith. Nota 9,5.
 
 
UM METEORO CAI POR DUAS VEZES NO MESMO PLANETA.
 
Se dependesse de Hollywood, o nosso fim teria  acontecido em 1998 e a causa seria colisão de meteoro em nosso planeta. Neste ano, duas produções, ambas com elencos estrelares, mas, com abordagens do tema diferentes. O primeiro foi Impacto Profundo, que mostra a rotina das pessoas no mundo inteiro mudarem, após a descoberta de um cometa numa inevitável rota de colisão contra o nosso problema. Cada personagem, aproveita a ocasião, para lutar pela sobrevivência ou resolver pendências com o passado. O filme aborda o tema de forma mais séria, dando enfâse ao drama do que a costumeira ação, e apesar desta ideia criativa de fugir do comum, o resultado final é frustrante, mesmo com um enredo muito bem escrito e ótimas atuações. Os efeitos especiais também são caprichados e a cena que a onda gigante engole pai e filha à beira da praia, além de impactante, é emocionante. Apesar de todos os méritos, Impacto Profundo não faz jus ao título e consegue entendiar ao invés de impactar. Nota 6,5.
 
Melhor resultado, tanto nas bilheterias quanto na qualidade final, foi obtido por Armageddon, blockbuster eletrizante, estrelado por Bruce Wills e tendo a companhia estrelar de Ben Afleck, Liv Tyler, Billy Bob Thorton, Owen Wilson, Steve Buscemi e o saudoso Michael Clarke Duncan. Um asteroide do tamanho do Texas está prestes a colidir com o nosso planeta. A solução não poderia ser mais absurda: recrutar a equipe mais fodástica de perfuradores de petróleo do mundo e enviá-la para o espaço. A equipe desajeitada faz um treinamento intensivão-relâmpago e parte para o espaço, com a missão de tentar salvar o nosso planeta. Esqueça qualquer coerência no roteiro, pois o que vale aqui é a ação, já que estamos falando de um blockbuster eletrizante e empolgante, com ação do começo ao fim em sequências de ação muito bem realizadas, conduzidas pelo mestre dos blockbusters de ação Michael Bay (Os Bad Boys, Pearl Habor, a trilogia Transformers, entre outros). A belíssima música-tema I Don't Want to Miss a Thing, baladinha romântica do Aerosmith é um recheio a mais deste filmaço excepcional, divertido, que só tem como ponto negativo, o final sem graça, onde justamente o personagem principal leva a pior. Nota 10,0.
 
 
 
 
 
O DIA QUE A TERRA PAROU.
 
Ideias surreais e absurdar como enviar uma equipe de minerados para detornar um meteoro, ocasionalmente geram bons filmes. É o caso também do interessante O Núcleo - Missão ao Centro da Terra. A ideia não poderia ser mais absurda. Do nada, nosso planeta para de realizar o movimento de rotação. Para solucionar o problema surreal, uma equipe de cientistas fodásticos, liderada pelo Dr. Josh Keyes (Aaron Eckhart, o Duas-Caras de Batman: O Cavaleiro das Trevas) e a major Becky (Hillary Swank, a "Menina de Ouro" do filme homônimo), é enviada ao centro da terra. Outra ideia absurda e surreal, que deu certo, apesar de em comparação a Armageddon apanha feio, tanto no enredo, quanto no resultado final. Mesmo assim, esta produção de 2003, dirigida pelo inglês Joh Amiel, tem seus méritos, já que trata-se de um ótimo filme com excelentes sequências de ação. Nota 8,5.
 
APOCALIPSE NOW.
 
Desde do começo do cinema a Bíblia vem sendo adaptada para as telonas. Último livro da Bíblia e o mais enigmático, que gera infinitas interpretações equívocadas, o Apocalipse virou sinônimo de fim do mundo e ganhou várias versões, principalmente em filmes produzidos pela galera protestante. Destaque para a interessante trilogia Deixados Para Trás, que inclusive ganhará uma versão hollywoodiana, estrelada por Nicolas Cage,  adaptação de uma série de livros homônimos (até agora são 12 livros) que venderam adoidado no mundo inteiro. O primeiro filme, de 2003, Deixados Para Trás - O Filme, é disparado o mais interessante da trilogia. Tudo estava calmo e rotineiro no nosso planeta, quando de repente, pessoas simplesmente desaparecem num piscar de olhos. O repórter Buck Williams (Kirk Cameron) começa a investigar o que de fato aconteceu, enquanto o piloto Rayford Steele (Brad Johnson) tenta buscar respostas para o ocorrido, já que além de sua esposa, parte da tribulação e dos passageiros do vôo que pilotava, também se evaporou. Ambos acabam descobrindo que os acontecimentos é o começo do apocalipse, previsto no livro homônimo da Bíblia. Lançado diretamente em DVD, o filme tem um enredo interessante que prende a atenção, e que ganha força com as razoáveis atuações do seu elenco. Mesmo caindo nas chatíssimas mini-pregações presentes nas produções gospeis estaduniense, Deixados Para Trás é um ótimo filme, que dosa o suspense, ação e drama. Vale a pena conferir. Nota 8,0.
 
 
 
Já as continuações, não tiveram o mesmo brilho do filme de estreia. Em Deixados Para Trás II - Comando Tribulação, o mundo está em colapso, em virtude dos desaparecimentos misteriosos. Desesperados, os líderes mundias recorrem ao presidente das nações, Nicolae (Gordon Currie), achando que o cara é o salvador da pátria, quando na verdade é o próprio anticristo. Mas, os sobreviventes do filme anterior que "encontraram Jesus" no meio do caos, que além de Buck  e Rayford, contam também com a filha deste Chloe (a lindinha Jonaya Stephens) e o pastor Bruce Barnes (Clarence Gilyard, o Trivette, o parceiro de Chuck Norris na divertidíssima e saudosa série televisiva Walker Texas Ranger), sabem que na verdade o cara não é flor que se cheire e formam o tal comando tribulação de crentes salvadores do mundo. Já por esse resumo, percebe-se que o filme é bastante inferior ao original. Vale para matar a curiosidade despertada no primeiro filme. Nota 5,0.
 
 
 
Até filmes gospéis seguem a regra do terceiro filme de uma franquia ser o inferior. Deixados Para Trás III -  Mundo em Guerra, é uma ótima prova disso, mesmo contando no elenco com os veteranos e ótimos atores, mas atualmente sumidíssimos, Louis Gousset Jr. (vencedor do Oscar de ator coadjuvante por A Força do Destino, e que estrelou a quadrilogia oitentista Águia de Aço e da divertidíssima aventura da mesma época Os Aventureiros do Fogo, ao lado de Chuck Norris) e Charles Martin Smith (que atuou em American Graffiti - Loucuras de Verão, comédia setentista dirigida por Georger Lucas,  Os Intocáveis, de Brian De Palma,  e recentemente dirigiu o comevente Winter - O Golfinho), ambos perdidaços na trama fraquíssima. O anticristo Nicolae (Currie) está por cima da carne seca, enganando todo mundo, e ganhando mais moral por ter conseguido a paz mundial, o que deixa muito feliz o presidente dos Estados Unidos Barck Obama..., ops!, digo, Gerald Fitzhugh (Gousset Jr. pagando um micaço em sua carreira). Mas, a frustração vem logo em seguida, ao descobrir as intenções diabólicas de Nicolae. O presidente contará então com a ajudar de um grupo de crentes resistentes, denominados Comando Tribulação, liderados pelo jornalista Buck Williams (Cameron, único dos filmes anteriores presente neste filme). Decepcionante, fraquinho demais, que nem mesmo a presença de dois prestigiados e grande atores, salvou do desastre. Nota 3,5.
 
 
 
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário