domingo, 16 de setembro de 2012

FALA SÉRIO, VÉI!

Bizarrice brasileira traz quarentona comediante no constrangedor, tosco e irritante papel de aborrescente.
 
Adultos interpretando crianças e adolescentes não é novidade nenhuma. Que o diga a saudosa turma do Chaves, liderada pelo genial comediante. Mas, até onde estou sabendo, Chespirito seu universo ficou restrito à telinha. Já a nossa Heloisa Périssé que criou, escreve e interpreta a adolescente Tati, personagem que já rendeu peça de teatro, quadro no Fantástico e livro, resolveu levar a sua personagem para as telonas, uma ideia bizarra que acabon sendo para ela uma tarefa nada fácil já que O Diário de Tati, filme que assistir no começo da tarde de hoje na sala 2 do Complexo Centerplex, demorou seis anos para ser concluído. Um sinal claríssimo de que  a ideia não devia ser levada adiante, mas que Périssé fez questão de ignorar, escrevendo, produzindo e pagando um micaço como a aborrescente Tati, que escreve no diário, narrando o seu dia-a-dia, vivendo situações típicas da sua idade como dificuldades nos estudos, implicâncias com outras meninas, paixonites e conflitos com a mãe (Louise Cardoso, totalmente sem graça).
 
O filme tem um roteiro leve e bobinho, com Pérrise bastante caricata, pagando um King Kong homérico contracenando com atores bem mais novos que ela, alguns deles até convencendo como adolescentes, ao contrário dela.  O resultado final de  O Diário de Tati está um pouquinho acima do esperado já que, mesmo com  pouquíssimas piadas que realmente funcionam, de tão bizarro, tosco e ridículo, arranca risadas involuntária.
 
Com um tom bastante infantilizado e uma trilha sonora que consegue ser mais antiga e deslocada que Périssé na personagem aborrescente e a foto do Felipe Dylon como ídolo teen da personagem, O Diário de Tati é  besteirol quase sem graça. Uma queimação de filme não somente dos envolvidos, mas, principalmente, do nosso cinema, que já viveu momentos melhores. Mesmo assim, surpreende e sai melhor do que esperado de tão ridículo que é. Nota 6,0.
 
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
 
 
 


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