quarta-feira, 15 de junho de 2011

DE VOLTA ÀS ORIGENS MUTANTES.

Filmes.
De volta às origens mutantes.

Já está ficando cansativo e chato demais, eu sempre iniciar um comentário de um filme que assisti no cinema, reclamando da deficiência das salas de Maceió. Acredite, é mais chato para mim, externar a minha indignação. Desta vez, mais uma vez o alvo da minha reclamação é com o Centerplex, que apesar de ter o maior número de salas, no quesito programação é o pior, já que além de tomar três salas para exibir um único filmes, ainda oferta filmes apenas na versão dublada. Por isso mesmo que faziam mais de dois meses que eu não ia assistir filmes nas confortáveis, mas desorganizada na programação, salas de cinemas, do Shopping Pátio Maceió. Infelizmente, é a única sala de Maceió que está exibindo X-Men – Primeira Classe, o que me obrigou a assistir a nova aventura do grupo de mutantes da Marvel, em versão dublada. Pelo menos não foi tão doloroso como imaginei, já que além de ser um bom filme, todas as cenas que foram faladas em outro idioma que não fosse o inglês, são exibidas na versão original, legendada.

Antes de comentar X-Men – Primeira Classe, um breve comentário dos filmes anteriores da franquia dos mutantes da Marvel.

X-Men – o filme é um marco na história da Marvel nos cinemas, já que foi responsável pelo ingresso da editora ao tardio sucesso nas telonas, que hoje está no apogeu, na sua fase mais produtiva. A produção de 2000 dirigida de forma brilhante por Bryan Singer, marcou a estreia dos heróis dos quadrinhos, nas telonas, em carne e osso. De forma criativa e até certo ponto realista, o roteiro tratava justamente do preconceito da sociedade com quem é diferente do convencional (se trocarmos, os mutantes, por pessoas com raça ou credo, diferente da maioria, o roteiro seria o mesmo), algo que acabou atraindo atenção e agradando até mesmo quem não é fã dos quadrinhos.

Destaque também para o excelente elenco, perfeitamente caracterizados, que inclui os veteranos Patrick Stewart e Ian McKellen, a estrela Halle Berry e as revelações James Madsen e Hugh Jackman (simplesmente a cópia fiel do Wolverine dos quadrinhos).

Com um ótimo roteiro e um elenco afiado, a primeira aventura dos mutantes dos quadrinhos nos cinemas é disparada um dos melhores filmes de super-heróis da história do cinema. Uma estreia em grande estilo dos heróis mutantes da Marvel. Nota: 9,0.

Três anos depois da grande estreia, Singer realiza uma façanha que poucos diretores fazem na história do cinema: uma continuação superior ao original. Com uma trama mais elaborada e aprofundada, e com o elenco bem mais a vontade em seus personagens, X-Men 2 tem muito mais ação e diversão(a sequência inicial da invasão de Noturno à Casa Branca é de tirar o folêgo). Wolverine, o X-Men favorito dos fanáticos por quadrinhos, ganha mais destaque na trama, que também acirrar ainda mais à perseguição contra os mutantes.

Na trama, o General William Stryker inicia uma campanha de tolerância zero contra mutantes, o que faz os amigos e rivais, Professor Xavier e Magneto unir forças contra esta nova ameaça.

Com um roteiro excelente, ótimas interpretações e efeitos especiais de primeira, X-Men 2, é disparado, até agora, o melhor filme dos mutantes. Nota: 10,0.

Após um filme excepcional, seguindo a regra que o terceiros filme de uma franquia é o mais fraco, em 2006, X-Men – O Confronto Final chegou às telonas. Sem a direção de Singer, que abandonou o projeto para dirigir o decepcionante Superman: O Retorno, o competente Brett Ratner (que dirigiu a ótima trilogia A Hora do Rush), assume este novo filme, mas, seguindo a cartilha de Singer.

Os avanços de paz entre humanos e mutantes são interrompidos, quando um laboratório anuncia uma vacina que cura mutante, motivo fortíssimo para Magneto recrutar e desencadear uma guerra contra os humanos. Assim como nos filmes anteriores, esta terceira aventura dos mutantes tem muita ação e repletos de efeitos especiais.

O roteiro também mantém o nível dos anteriores, trazendo de volta personagens conhecidos, como também promovendo a estreia de  personagens já conhecidos nos quadrinhos e série animada, como o Anjo e o Fera. Mas, em contrapartida, é o mais triste da série, com a inexplicável morte de alguns personagens centrais, motivo principal para torna-lo o mais fraco da série. Apesar disso, X-Men – O Confronto Final é um ótimo filme, superior a dezenas de outros filmes de super-heróis já exibidos na telonas (inclusive, acho superior ao Superman, de Singer). Nota: 7,0.

Uma franquia bem sucedida como X-Men não poderia parar no terceiro filme. A Marvel e os estúdios Fox, resolveram reinventar a série, contando a origem dos principais personagens. Respeitando o intervalo de três anos de um filme para outro, em 2009, estreia X-Men Origens: Wolverine, estrelado por Hugh Jackman.

Bem à vontade na personagem, Jackman, agora único protagonista, dar um show de interpretação, nos apresentando algumas características de Wolverine, desconhecida até então (Quem diria que o durão herói, já chegou a sorrir e viver um romance?)O restante do elenco cumpre bem a função em seus respectivos personagens.

Com  empolgantes sequências de ação, a aventura solo do mutante Wolverine, é um filme razoável, e só não é melhor, por ser prejudicado por ser roteiro regular que modifica de forma desagradável alguns personagens dos quadrinhos. Potencial desperdiçado. Nota: 5,0.

Dando continuidade ao projeto que conta a origem dos principais personagens, chegou aos cinemas, no começo deste mês o novo filme da franquia: X-Men – Primeira Classe, que conferi na segunda da semana passada.

A história se passa antes dos fatos mostrados nos filmes anteriores, iniciando com a origem de Magneto, com direito a refilmagem fiel da sequência inicial do primeiro filme da franquia. Paralelamente, somos apresentados a Charles Xavier e a Mística, ainda crianças. Anos depois, nos anos 60, o cientista nazista responsável pela morte da mãe de Magneto (o ex-ídolo teen dos anos 80, Kevin Bacon, ótimo), reaparece, com um plano maquiavélico de destruir os humanos. Diante desta ameaça, uma agente da CIA entra em contato com Xavier, que, logo após, conhece Magneto e, juntos, convocam outros mutantes, formando o primeiro grupo X-Men.

O roteiro que criativamente utiliza fatos reais (a crise dos misseis em Cuba), como plano de fundo da trama, é bem elaborado e faz uma ligação com as tramas dos filmes anteriores. Aos poucos, somos apresentados ao conflito de ideias de Xavier e Magneto, que acabou gerando a rivalidade entre eles, já apresentadas nos três primeiros filmes da franquia. A única falha no roteiro, grosseira, mas que não influir na qualidade do produto final, foi a origem da deficiência de Xavier ainda jovem, já que no começo do terceiro filme, ele aparece andando, quando vai recrutar Jean Grey para o grupo. Os roteiristas esqueceram de assistir o terceiro filme da franquia.

Outra pequena falha, que também não influir no produto final, é a tosca maquiagem do personagem Fera. Tudo bem que o personagem está jovem, mas a carinha de gatinho vira-lata, além de patética, não convence, e chega a incomodar até mesmo quem não é fã dos quadrinhos.

Mas no geral, o filme é ótimo, mantendo o nível da franquia, sendo superado ligeiramente apenas pelo segundo filme. Com muita ação, tiradas engraçadíssimas, com direito a uma pequenina e hilária aparição de Wolverine, o novo filme é divertido, cumprindo bem a função de manter a franquia firme e forte. Um filme tão bom que até conseguiu me fazer superar o desconforto de assisti-lo dublado. Nota: 9,5.

Confira o trailer da mais nova aventura dos mutantes da Marvel:




Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

Parece mas não é. Apenas a moça ao centro não é mutante.
Os primeiros X-Men.

"Eu sei o que você está pensando!".
Xavier, ainda com cabelos e andando, usando os seus poderes mutantes.

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