domingo, 19 de novembro de 2017

TOP 10: OS PIORES FILMES DOS TRAPALHÕES.

Há pouco mais de um ano iniciei um desafio de comentar a cada domingo um filme do saudoso grupo Os Trapalhões, da dupla Renato Aragão e Dedé Santana, e os filmes solos destes, desafio cumprido no último domingo de setembro. Amados pelos públicos e massacrados pelos críticos, os filmes do inesquecível hilário quarteto foi a porta de entrada de milhões de brasileiros para o amor pela sétima arte, e se hoje, temos um dos maiores públicos do mundo que lotam os cinemas, sem medo de exagerar, digo que boa parte deve-se aos filmes do quarteto. Para matarmos um pouco a saudades dos bons e saudosos tempos em que "época de férias escolares era de lei ir ao cinema assistir aos filmes da trupe", resolvi listar os melhores e os piores filmes da trupe. Como sou daqueles que preferem primeiro a má notícia para depois encarar a boa, iremos começar com a nossa lista dos piores. O critério utilizado é que seja um filme que tenha ao menos uma dupla de trapalhões (o que acabou deixando de fora, por exemplo, Didi Quer Ser Criança, um dos piores filmes solos do eterno trapalhão cearense) e que seja um filme que foi lançado nos cinemas, o que acabou livrando um monte de bombas atuais que Renato estrelou na telinha da poderosa Globo. Como bônus, finalmente, resolveremos uma grande dúvida do meu tempo de criança: qual a celebridade mais pé-frio da filmografia do quarteto? Enfim, mais rápido que as trapalhadas do inesquecível quarteto, vamos a nossa lista.


Iniciamos nossa lista com este filme que marca a união entre dois fenômenos de bilheterias do nosso cinema nacional. É bem verdade que Xuxa Meneghel já tinha participado de três produções anteriores do grupo (sendo que uma delas um filme solo do Renato), mas, aqui, é a primeira como estrela da Rede Globo e Rainha dos Baixinhos, dividindo o estrelato com o quarteto. Produção caprichadíssima, premissa interessantíssima, mas, que acabou se perdendo no meio do caminho num roteiro fraco, resultando num filminho ruim, sem graça, nada divertido. Apesar disso, arrebentou nas bilheterias a ponto de figurar até hoje na lista das maiores de todos os tempos do nosso cinema tupiniquim.


Olha ela de novo! O primeiro filme do quarteto que divide o protagonismo com Xuxa é o que tem o roteiro mais preguiçoso da filmografia do grupo. Para começar, não existe nenhum Reino da Fantasia do título, e a trama se resume apenas a mostrar Didi, Dedé e a freirinha gostosinha e melosinha vivida pela Xuxa, perseguindo ladrões, enquanto que os saudosos Mussum e Zacarias estão no palco, afinal, o show deve continuar, mesmo que roubem toda a bilheteria. Dirigido pelo trapalhão Dedé Santana, é um filminho tão preguiçoso que, para chegar a pelo menos uma hora e vinte minutos de duração, metem uma animação, feita pelo mestre Maurício de Sousa, que nem fede, nem cheira na trama. 


Único empate da nossa lista, e também única exceção para a regra de "filme com pelo menos uma dupla de Trapalhões", mas, obrigatória ser aberta pelo valor histórico. Contrariando o ditado popular "não se mexe em time que está ganhando", em 1983, o saudoso quarteto teve uma briga e se separou por alguns meses, com Renato sozinho de um lado e o trio Dedé, Mussum e Zacarias de outro. Ambas às partes não perderam tempo e trataram logo de fazer filmes. O curioso é que os dois filmes têm premissas interessantíssimas e ótimos elencos, portanto, tinham tudo para marcar como o início de uma nova fase na carreira dos dois lados de humoristas. Mas, graças a Deus, os roteiristas dos filmes não quiseram isso, e o resultado são duas tranqueiras decepcionantes, frustrantes e totalmente sem graça, que não poderiam faltar em nossa lista. Ah! O filme solo do Didi tem a presença dela, Xuxa Meneghel, numa curtíssima ponta, deixando a apresentadora com fortes chances de ser a celebridade mais pé-frio da filmografia da trupe.


A maior picaretagem da fase de filmes ruins do quarteto, que rolou entre a segunda metade dos anos 1980 e começo dos anos 1990. Depois de um cagada enorme com um filme totalmente infantil e abestalhado, o saudoso grupo mirou no público adolescente. O problema é que esqueceram de avisar que só iriam fazer uma minúscula participação (na maior parte separados, e ligeiramente juntos numa única cena, apenas para Didi fazer a revelação que soa como deboche da nossa cara)  num filminho teen estrelado por Angélica, Supla e o Grupo Polegar. todos que fazem o intérprete do Cigano Igor ser um experiente ator shakespeariano. O péssimo roteiro superficial só enterrou na merda esse filminho, pré-Malhação, que consegue ser tão ruim quanto o seriado teen sem fim da Globo. Um triste fim da trupe nas telonas, já que marca a última aparição do quarteto completo nas telonas.


Parceria entre Os Trapalhões e o mestre Maurício de Sousa, o que poderia dar errado? A resposta é um roteiro preguiçoso que insiste numa mesma piada sem graça, numa história que não avança em nenhum momento, permanecendo na mesmice o tempo todo, em mais um filminho ruim dirigido pelo Dedé. Se em Os Trapalhões no Reino da Fantasia a animação era avulsa na trama, aqui ocorre o inverso, com a participação em live-action do saudoso quarteto e do mestre criador da Turma da Mônica totalmente descartável.


Mais uma ideia interessante jogada fora, afinal, temos os trapalhões bancando os Caça-Fantasmas. Mas, infelizmente, a semelhança ficou apenas em usar macacões parecidos, já que temos aqui um filminho infantilizado, abestalhado, que traz como galã ninguém menos que Gugu Liberato. Tudo bem que a maioria dos galãs nos filminhos eram canastrões (Edson Celulari e Gracindo Júnior são raríssimas exceções de bons atores que assumiram essa função), mas, o apresentador foi o fundo do poço. O filme marca a estreia nas telonas do Grupo Dominó, fortíssimo candidato, junto com Gugu, de ser o maior pé-frio da filmografia da saudosa trupe.


Filme setentista da dupla Renato Aragão e Dedé Santana que vive marcando presença nas listas dos piores filmes nacionais de todos os tempos. Com premissa de pornochanchada (caras que ficam de olho em moças gostosas e as levam para uma ilha deserta), na verdade é um típico filme da dupla e do quarteto, só que muito abestalhado e totalmente sem graça,  com um roteiro fraquíssimo. Totalmente decepcionante e esquecível, que não vale ser assistido nem mesmo por mera curiosidade, já que não é nada aquilo que aparenta ser e nem um pouco divertido. 


Filme que marca o debute nas telonas da apresentadora Angélica, outra fortíssima candidata a ser o maior pé-frio dos filmes do quarteto. Na trama, ela é a mocinha indefesa sequestrada, cabendo a saudosa trupe, junto com o Grupo Dominó e a futura ex-senhora Eike Batista, Luma de Oliveira, se embrenharem na floresta para salva-la. Uma aventura ecológica que prometia, mas, o roteiro ruim não deixou, e acabou cagando tão feio que garantiu o nosso bronze na lista dos piores filmes dos Trapalhões.


Angélica volta a ser a mocinha indefesa que a trupe vai salvar em mais um filme  ruim. Sem ter o que fazer na vida, ela e o seu love Conrado (um dos piores canastrões que foram galãs nos filmes da trupe) se perdem na Pedra da Gávea e acabam encontrando uma civilização perdida. Nada contra fazer um filme cheio de bichinhos fofinhos voltado para o público em idade pré-escolar. Mas, o resultado final é tão ruim que acaba sendo o fundo do poço da fase de péssimos filmes do grupo. Gugu e Dominó também marcam presença em pequenas participações, acirrando ainda mais a nossa briga do maior pé-frio na filmografia do grupo.


Um filme que tinha tudo para dar certo. Marcando o início da parceria do grupo com a Globo, emissora que tinha acabado de estrear o memorável programa televisivo, a trupe fez a feliz escolha de fazer uma paródia com o primeiro Star Wars, bem no meio do estouro do fenômeno. A produção, que marca também a estreia do saudoso Zacarias num filme do grupo, é caprichada e eficiente na parte técnica (principalmente, maquiagem e figurinos), mas, o roteiro caga e acaba com qualquer boa intenção. O resultado é um filme que, além de péssimo, é irritante ao extremo de tão ridículo, patético e sem graça, e ainda traz a maior e pior desculpa esfarrapada para Didi Mocó se ferrar na vida amorosa. Gerando muita raiva e nenhuma risadinha, o filme, que hoje é fenômeno na Internet pelo mundo como uma paródia tosca brasileira de Star Wars, disparado é o pior filme do grupo.

BÔNUS: O MAIOR PÉ-FRIO DA FILMOGRAFIA DOS TRAPALHÕES.

Enfim, a dúvida será respondida. Vamos por eliminação. Xuxa Meneghel participou de cinco filmes do grupo, sendo três ruins. Mas, é a primeira a ser descartada, por ter ao seu favor, a presença no excelente Os Trapalhões e o Mágico de Oróz. O Grupo Dominó e seu patrão Gugu Liberato também se salvam por um filme, no caso, por participarem do divertido O Casamento dos Trapalhões. Portanto, o maior pé-frio da filmografia dos Trapalhões é...

ANGÉLICA.

A apresentadora e esposa do também apresentador Luciano Huck participou de três filmes dos Trapalhões, e conseguiu a proeza de todos eles serem uma bosta. Coincidência ou realmente a moça é pé-frio? Só lembrando que a filmografia dela é uma das piores de todos os tempos, o que nos leva achar que realmente o problema é ela. Enfim, pé-frio ou mera coincidência, o fato é que a moça é disparada a maior celebridade pé-frio na filmografia da saudosa trupe.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

4 comentários:

  1. Uma escola atrapalhada é muito ruim mesmo, cheio de cenas horriveis de um romance da angélica e o supla kkkkkk

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    1. Com certeza! Sem medo de errar, acredito que seja um dos casais mais aleatórios e estranhos da história do cinema. kkkkkkkk...

      Muito obrigado pela visita e por comentar! Volte sempre! Abraço! Fica com Deus!

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  2. Quando criança tudo é lindo,mas depois de homem formado,vemos que são uns filmes muito ruins .

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    1. Verdade, viu? Rsssss... Felizmente, eles também fizeram outros filmes que são muitos bons, assim como o inesquecível programa de TV.

      Muito obrigado pela visita e pelo comentário! Volte mais vezes! É muito bem-vindo!

      Abraço! Fica com Deus!

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