quarta-feira, 31 de maio de 2017

MERDA DO MÊS: MAIO/2017.


Infelizmente, também tivemos surpresas desagradáveis no mês que, até agora, está sendo os das grandes surpresas para nós cinéfilos. Se por um lado fomos surpreendidos e tivemos dois excelentes filmes que já figuram na lista dos melhores lançamentos do ano, por outro, sobraram filmes que nos frustraram e tornaram nossas idas ao cinema uma grande decepção. Logo de cara tivemos Elon Não Acredita na Morte,  Além das Palavras e Além da Ilusão filmes que foram lançados no finalzinho do mês passado que tinham tudo para ser bons filmes, mas acabaram cagando feio. Sem falar no horrível e entediante dramalhão histórico A Morte de Luís XIV, filme que chegou atrasadíssimo nos cinemas alagoanos e que era melhor nem ter chegado, pois trata-se de um dos piores lançamentos do ano. Com tanto filmes ruins lançados antes de maio começar, sobrou para Norman - Confie em Mim ficar com o nosso nada honroso título. Assim como todas as produções citadas aqui, o novo filme estrelado por Richard Gere também tem uma premissa interessante que poderia gerar um bom filme, mas, como os colegas de fossa citados, também acabou cagando feio, resultando num filme ruim que merecidamente leva nossa Merda do Mês.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

FILME DO MÊS: MAIO/2017.


No mês que tivemos grandes e esperados lançamentos chegando aos nossos cinemas como Alien: Covenant, Rei Arthur - A Lenda da Espada e Piratas do Caribe - A Vingança de Salazar, forma dois filmes criativos. que chegaram sem fazer muito alarde (apesar da crítica rasgar elogios), e acabaram surpreendendo, reinando absoluto como os melhores do mês. A começar do thirlley Corra! que supera seu título ridículo e nada atrativo, e arrebentar com um enredo interessantíssimo que alfineta em grande estilo a questão do racismo, sem deixar de nos empolgar e deixar sem fôlego, levando a nossa Menção Honrosa. E só não ficou como nosso filme do mês, apenas por ter dado o azar de estrear no mesmo mês da excelente produção franco-egípcia Clash, que aproveita um fato real, para criar um filme tenso e envolvente do começo ao fim, o suficiente para não somente ser o nosso filme do mês, como também, até agora, é a maior surpresa do ano, e já figura entre os melhores filmes lançados este ano por aqui.

MENÇÃO HONROSA:


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

BOXEADOR REAL QUE INSPIROU O MAIOR BOXEADOR DAS TELONAS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Punhos de Sangue (The Bleeder).
Produção estadunidense de 2016.

Direção: Phillippe Falardeau.

Elenco: Liev Schreiber, Naomi Watts, Elisabeth Moss, Ron Perlman, Jim Gaffigan, Michael Rapaport, Pooch Hall, Morgan Spector, Jason Jones, William Hill, Wass Stevens, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Cinesystem Maceió em 29 de maio de 2017.

Cotação

Nota: 7,5.
  
Sinopse: Cinebiografia do boxeador Chuck Wepner,  Chuck (Schreiber) é um cara simples, boxeador que ganha a vida como vendedor de bebidas, que teve a grande luta da sua vida contra o lendário Mohamed Ali (Hall), onde resistiu por quinze rounds. A luta acabou inspirando o desconhecido ator em comecinho de carreira Sylvester Stallone (Spector) a escrever o roteiro de Rocky, Um Lutador, filme que acabou ganhando três Oscar e seis continuações. Porém, Chuck é totalmente contrário ao personagem de ficção inspirado nele.

Comentários: Antes de mais nada, ignore o ridículo e picareta título manjado de filmes de ação ou de artes marciais. Punhos de Sangue um caralho! Na verdade temos aqui uma cinebiografia dramática padrão, baseada na vida do boxeador que só não caiu totalmente no esquecimento, por um confronto que acabou inspirando Stallone a criar Rocky. Com um roteiro satisfatório que mantém a média dos padrões das cinebiografias, temos um filme interessante que não traz nenhuma nenhuma novidade no sub-gênero, que ganha forças graças a ótima atuação do competente Liev Schreiber. Interessante, vale mais pela curiosidade de saber quem é o cara que inspirou a criação do maior boxeador da sétima arte e nada mais que isso.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.



domingo, 28 de maio de 2017

RECORDAR É REVER: O TRAPALHÃO NA ILHA DO TESOURO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

O Trapalhão na Ilha do Tesouro.
Produção brasileira de 1974.

Direção: J. B. Tanko.

Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Mário Cardoso, Eliane Martins, Edson Guimarães, Rafael de Carvalho, Germano Filho, Zeni Pereira, Eduardo de Albuquerque, Jotta Barroso, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e no notebook.

Cotação

Nota: 9,5.
  
Sinopse: Inspirado no conto A Ilha do Tesouro. Aproveitando a tranquilidade de um vilarejo localizado numa ilha paradisíaca, um grupo de contrabandistas usa o lugar como ponto de receptação de muambas, sem saber que um policial fodão (Cardoso), acaba de pintar na área no encalço deles. Num dia rotineiro de pescaria, dois humildes pescadores, Zé Cação (Aragão) e Lula (Santana), encontram muamba e passam a ser perseguidos pelos contrabandistas. Como se isso não bastasse, chega na pensão onde eles moram e trabalham, o pirata Long John Silver (Guimarães), com a parte de um mapa que supostamente leva a um tesouro, o que acaba despertando nos dois amigos a vontade de encontrar o tal tesouro, como também a cobiça dos contrabandistas e de piratas que chegam no encalço de Long John Silver.

Comentários: Mais um filme setentista da então dupla trapalhona Renato Aragão e Dedé Santana, que pega um conto conhecido apenas como desculpa para a ação e o humor bobinho típico da saudosa trupe rolar solta. Se por um lado, o roteiro falha em encher de personagens desnecessários e criar uma turma ligeiramente confusa, por outro lado somos surpreendidos por uma comédia de aventura divertidíssima, com um ação frenética acelerada do começo ao fim, e com a dupla dando um show de entrosamento e de humor. O resultado não poderia ser outro:  uma aventura empolgante e bem humorada que o tempo não apagou, que na opinião deste blogueiro é simplesmente o filme mais fodástico do grupo. Um dos melhores filmes de sua carreira, da filmografia do grupo que merece ser visto e revisto infinitas vezes. Diversão de primeira garantida.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

DESPEDIDA MELANCÓLICA E ESTILOSA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Comeback.
Produção brasileira de 2016.

Direção: Erico Rassi.

Elenco: Nelson Xavier, Marcos de Andrade, Gê Martú, Everaldo Pontes, João Antônio, Henrique Taubaté, Eucir de Souza, Sérgio Santório, Wellington de Abreu, Claudia Nunes, Pascoal da Conceição, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Cinesystem Maceió em 28 de maio de 2017.

Cotação

Nota: 7,0.

Sinopse: Aposentado do ofício da matança, o pistoleiro fodão Amador (Xavier) vive ainda no submundo, trabalhando para o mesmo chefão (Martú) há anos, só que agora, ao invés de mandar pessoas desta para uma melhor, ele anda de bar em bar na periferia para colocar máquinas caça-níquel. Um belo dia, ele é procurado pelo neto (Andrade) do seu velho amigo Davi (Pontes), que pede para trabalhar com ele. Amador topa, com a condição que seja do jeito dele. Mas, Amador não está nada satisfeito com a vidinha de merda atual que vive, e na deprê, pensa seriamente em voltar no ofício em que ele é fera.

ComentáriosÚltimo filme estrelado pelo saudoso ator Nelson Xavier, falecido no último dia 10.  Exibido no Festival do Rio do ano passado, onde o já saudoso ator foi premiado por sua atuação, o longa de estreia do diretor e roteirista Erico Rassi, conta com um ótimo roteiro, que traz uma história interessante (a ponto de nos deixar com vontade de ver um prequel, que mostre o pistoleiro Amador mais novo em ação), cativante, envolvente e melancólica, que ganha forças com a atuação de Xavier, que dosa e equilibra perfeitamente a dureza e frieza com a fragilidade e descontentamento do personagem. Por ironia do destino, acabou sendo uma despedida melancólica mas estilosa de um dos grandes atores nacionais. Uma pequena obra-prima com todo estilo de faroeste que merece ser conferida.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.