sábado, 15 de abril de 2017

DISCÍPULOS NA TELINHA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Judas / Judas: De Apóstolo a Traidor (Judas).
Produção italiana de 1999.

Direção: Rafaele Mertes.

Elenco: Enrico Lo Verso, Aglalia Szyszkowitz, Danny Quinn, Hannes Jaenicke, Mathieu Carrière, Francesco Pannofino, Maria Grazia Cucinotta, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD).

CotaçãoCoco do Cachorrão

Nota: 0,0.
  
Sinopse: Inspirado nas narrativas evangélicas da última semana de Jesus Cristo por aqui. Após três anos, Judas Iscariotes (Verso) volta a sua cidade natal, Jerusalém, com seu mestre Jesus (Quinn), na semana em que os judeus comemoram a Páscoa. Aclamado como rei pelo povo, quem não gosta nadinha disso é o centurião Veturius (Manfred Zaptka), que convence Pilatos (Carrière) que Jesus precisa ser eliminado. Enquanto isso, Judas acha que Jesus vai causar uma grande revolução acabando com a festa dos romanos, botando pra foder em cima deles. Só que a medida em que o Mestre continua pacífico e diante das injustiças e perseguições que seus amigos e ele próprio vem sofrendo, Judas passa a se decepcionar com Jesus.

Comentários: Sem sombra de dúvida, Judas Iscariotes é o maior traidor da história da humanidade. E tenta decifrar o porquê de tamanha sacanagem que ele aprontou para cima de Jesus vem intrigando muitos psicólogos e, obviamente, é um prato cheio para a arte encenada como um todo. O problema deste filminho está no seu roteiro para lá de atrapalhado, principalmente na caracterização do personagem central. Judas começa a ser retratado como praticamente um líder dos apóstolos e conselheiro fiel de Jesus, passando por um tolo que se ilude com palavras bonitas de uma mocinha chorona e chantagista, um sonhador incorrigível, revoltadinho, abestalhado, cuzão, mala sem alça, intrometido, chato pra caralho, crianção mimadinho iludido, fanático, teimoso feito uma mula, etc., tudo isso numa mesma pessoa. Para piorar, a história é fraquíssima, sem fundamento, inserindo mal personagens históricos. Além disso, por aqui, a Flahstar prestou um desfavor e desrespeito ao consumidor de disponibilizar o DVD apenas na versão dublada (não se sei corrigiram na nova edição), o que só torna insuportável o que já é ruim. Enfim, desperdiço total de um bom elenco, de grana e de tempo. Um daqueles filmes ruins demais que devem ser ignorados.


Maria Madalena / Maria Madalena: A Seguidora de Jesus (Mary Magdalene).
Produção estadunidense, italiana e alemã de 1999.

Direção: Rafaelle Mertes.

Elenco: Maria Grazia Cucinotta, Massino Ghini, Giuliana De Sio, Gottfried John, Nathaly Caldonazzo, Robert Armani, Benjamin Sadler, Danny Quinn, Imanol Arias, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 2,5.
  
Sinopse: Telefilme inspirado levemente em elementos fatídicos narrados nos Evangelhos. Maria (Cuccinotta) é uma jovem camponesa, muita querida por todos os que moram e trabalham em Magdala,  que mesmo sendo a herdeira legítima do lugar, é expulsa das terras por seu marido (Arias), que usa a desculpa dela ser estéril para se apossar das terras e lhe dar um pé na bunda. Mas, Maria não tem tempo para se abater com a sacanagem cruel que o ex apronta, pois, antes mesmo da carta de divórcio acabar de ser redigida, ela já tá envolvida com um oficial romano Silvano (Thure Riefenstein) e se manda com ele. Só que logo ela percebe que não foi uma boa ideia, e passa a comer o pão que o diabo amassou. 

Comentários: Mais um telefilme produzido pela Lux em parceria internacional que recria de forma ficional a vida de um discípulo de Jesus. Injustamente conhecida como uma ex-prostituta seguidora de Jesus e confundida com a adúltera que Jesus salvou de ser apedrejada, Maria Madalena é a discípula feminina mais conhecida, provavelmente, por ser a única que tem um destaque maior nos relatos evangélicos. Tudo que sabemos sobre ela  antes de ser discípula, é que ela era possuída por sete demônios (a prostituição pode ser um deles, o que pode justificar o fato de entrando no imaginário popular que a moça exercia a profissão mais antiga do mundo antes da conversão). Com tão pouquíssimos relatos sobre elas, coube aos roteiristas criar uma história novinha para ela que até certo ponto consegue convencer. O problema é que fica apenas na boa intenção, já que o roteiro que apela para o dramalhão exagerado e ainda por forçar a barrar ao tentar dar veracidade com a inclusão de alguns fatos bíblicos que a personagem central não estava presente (curiosamente, os fatos em que realmente ela marcou presença, principalmente, a ressurreição, é tratado de forma tão superficial, quase inexistente).

O resultado é uma mistureba indigesta de novelas mexicanas do SBT (algo que por aqui é reforçado por ser disponibilizado apenas na versão dublado, mais um desfavor prestado pela Flashstar, ao menos na primeira edição do DVD) com a xaropada esticada exageradamente das novelas bíblicas da Record. Sem fidelidade aos relatos evangélicos, nem sequer salvando-se como obra ficcional, outro filminho para ser ignorado, que só serve para ser visto para quem quiser babar com a beleza que o protagoniza, que já havia dado as caras em outros filmes das séries de telefilmes bíblicos, com pequenas esquecíveis participações.


Tomé / Tomé: Entre a Fé e a Dúvida (Thomas).
Produção italiana de 2001.

Direção: Raffaele Maertes.

Elenco: Ricky Tognazzi, Hannes Jaenicke, Mathias Herrmann, Mathieu Carrière, Francesco Pannofino, Enrica Maria Modugno, Danny Quinn, Maria Grazia Cucinotta, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 3,5.
  
Sinopse: Inspirado ligeiramente em relatos evangélicos. Tomé (Tognazzi) é um apóstolo de Jesus (Quinn), que está arrasado com sua morte na cruz. Inconformado e peidado por Jesus ter sido sepultado num sepulcro da família de José de Arimateia (Jaenicke), Tomé teima em querer dar um enterro digno ao mestre, de preferência, na Galileia. Mas, o corpo Dele desaparece, e Tomé não convence com o relato de Maria Madalena (Cucinotta), que afirma ter visto Jesus ressuscitado, e passa a investigar onde está o corpo de Cristo.

Comentários: Mais queimada de neurônios para inventar a história de um apóstolo de Jesus que tem pouquíssima informação nos relatos bíblicos. Assim como o horrível Judas, o filme concentra-se em apenas um momento, no caso, os dias após a ressurreição. Contando com boa parte do elenco dos dois filmes comentados acima, Tomé é mais uma produção que comete os mesmos pecados dos seus colegas, com um roteiro repleto de furos, que caracteriza mal o personagem central (invocadinho e teimoso a ponto de ser chato), apelando para o dramalhão, Ao menos consegue ser um pouquinho mais convincente que os colegas comentados acima, mas, não o suficiente para salvá-lo de ser outro filminho esquecível.


O Apocalipse / O Apocalipse: As Revelações do Apóstolo (San Giovani - L'apocalisse (título original) / The Apocalypse (título internacional).
Produção italiana e alemã de 2002.

Direção: Raffaele Mertes.

Elenco: Richard Harris, Vittoria Belvedere, Benjamin Sadler, Christian Kohlund, Erol Sander, Ian Duncan, Bruce Payne, Luigi Diberdi, Paolo Villaggio, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD) e na TV aberta (SBT).

Cotação

Nota: 7,0.
  
Sinopse: Inspirado em relatos bíblicos. A trama se passa no ano 90 d.C., quando o imperador romano Domiciano (Payne), que se autoproclamou deus, toca o terror contra os cristãos que louvam ao Deus verdadeiro. Para fortalecer a esperança dos cristãos neste momento tão tribulado, eles contam com João (Harris), o último discípulo autêntico de Jesus, que ainda estava vivo, prisioneiro na ilha de Patmos, que põe por escrito e envia a eles as visões celestiais que ele vem tendo.

Comentários: Podemos dizer que o saudoso Richard Harris participou de versões dramatizadas do primeiro ao último livro da Bíblia. Afinal, o veterano ator deu vida ao homicida Caim na obra-prima A Bíblia... No Início do mestre John Huston,  ao patriarca Abraão no telefilme homônimo e aqui ao apóstolo João no momento em que escreveu o último livro bíblico, nesse que é um dos seus últimos trabalhos (o filme é dedicado a ele). Fugindo da tetralogia de filmes sobre os amigos de Jesus (além dos três acima, tem também José - O Pai de Jesus, o primeiro dessa série de telefilmes), o filme é o melhor dos comentados nesta postagem, graças a um roteiro que traz uma história ficcional satisfatória (apesar de uma desnecessária traminha de romance meloso que não empolga e o costumeiro dramalhão) e principalmente por ser muito eficiente nas sequências das visões do apóstolo narradas no Livro do Apocalipse, o que acabou deixando o filme ligeiramente acima da média e aumentando nossa nota. Bem legalzinho, melhor do que esperado, merece ser conferido. 


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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