domingo, 19 de março de 2017

RECORDAR É REVER: ATRAPALHANDO A SUATE.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Atrapalhando a Suate.
Produção brasileira de 1983.

Direção: Dedé Santana e Victor Lustosa.

Elenco: Dedé Santana, Mussum, Zacarias, Lucinha Lins, Oswaldo Loureiro, Dino Santana, João Bourbonnais, Wilson Viana, Sandro Solviatti, Ataíde Arcoverde, Jorge Cherques, Tião Macalé, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e no notebook.

Cotação

Nota: 4,5.

Sinopse: Paródia do seriado televisivo S.W.A.T.. Dedé, Mussum e Zacarias são três policiais atrapalhados do grupo de elite Suate, que vivem fazendo uma merda atrás da outra, sem metendo nas maiores roubadas. Os caras só não levaram um pé na bunda da tropa, pois ainda contam com a boa vontade do Comandante (Loureiro) por eles terem salvo sua filha de um sequestro, e também com o apoio da Tenente Vera (Lins). Um dos desafios do trio aloprado é evitar que um dispositivo nuclear caia nas mãos de bandidos liderados por Russo (Dino Santana).

Comentários: Em 1983 o povo brasileiro foi surpreendido com a separação dos Trapalhões. Isso acabou rendendo dois filmes de final de ano com membros do grupo. O Trapalhão na Arca de Noé, filme solo de Renato, e este Atrapalhando a Suate, onde trio simplesmente pegou um dos quadros de maior sucesso do programa televisivo do grupo na época, em que sacaneava com o seriado S.W.A.T.. Particularmente, quando criança, gostava um pouquinho mais deste filme do que o solo do Renato Aragão, e me divertia para caramba quando era reprisado na telinha. Provavelmente, por amar o grupo, e o trio aqui está hilário, da ação que o filme apresenta e por eu babar pela estupidamente linda atriz não-creditada (se eu não engano é a modelo Marcela "não me recordo o sobrenome", que fez sucesso sendo capa de Playboy e que namorou o saudoso Ayrton Senna), que faz uma micro-participação como a filha do comandante. Mas, hoje em dia, admito que, mesmo com todos esses atrativos, foi difícil encarar o filme (foram quatro tentativas até finalmente assistir). 

O grande problema de Atrapalhando a Suate é justamente o roteiro. Pega-se uma premissa interessantíssima que tinha tudo para ser o nosso Loucademia de Polícia - inclusive, sendo percursor deste, já que foi produzido um ano antes -, e desperdiça numa história tão mal elaborada, com as costumeiras incoerências e falta de lógicas dos filmes do grupos elevadas a enésima potência. Para piorar, o filme conta com uns desnecessários números musicais com canções esquecíveis (até o número da babá, que eu adorava na época, hoje acho insuportável. Bons tempos da nossa inocência e falta de senso crítico de criança!). O que salva o filme de não ser uma merda total, um dos piores filmes do saudoso grupo e também do cinema nacional, é o carisma do trio, que como sempre, estão numa perfeita sintonia, bem a vontade, engraçados em boa parte. Enfim, vale mais para conferir a performance do trio e como valor histórico do curioso e triste fato da curtíssima separação do grupo (clique na foto abaixo e confira uma entrevista com o trio na época do fato).

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


 


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