quarta-feira, 9 de novembro de 2016

COMETENDO UM PECADO AINDA MAIS GRAVE.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.   

Deus Não Está Morto 2 (God's Not Dead 2).
Produção estadunidense de 2015.

Direção: Harold Cronk.

Elenco: Melissa Joan Hart, Jesse Metcalfe, David A.R. White, Hayley Orrantia, Sadie Robertson, Pat Boone, Ray Wise, Ernie Hudson, Robin Givens, Fred Dalton Thompson, Newsboys, entre outros.

Blogueiro assistiu no notebook em 09 de novembro de 2016.

Cotação

Nota: 3,5.  

Sinopse: Sequência do sucesso gospel Deus Não Está Morto. Era para ser uma aula comum para a professora de história e cristã Grace Wesley (Hart), quando ao responder a uma pergunta da aluna Brooke Thawley (Orrantia), inventa de de Jesus. A atitude não agrada nadinha a diretora da escola (Givens), que abre um processo administrativo contra ela. Como se isso não bastasse, os pais de Grace (Carey Scott e Maria Canals-Barrera) pedem que Grace, algo que ela não faz, e acabam processando-a. .

Comentários: A cada ano o mercado cinematográfico gospel, que até então era regado a produções menores que eram lançadas diretamente em home vídeo, vem crescendo e alcançando espaço nas telonas. E não é exagero nenhum em dizer que a grande surpresa das bilheterias de 2014, Deus Não Está Morto, foi o grande responsável por esse fenômeno que chegou inclusive por aqui. Obviamente que uma continuação era inevitável, e Deus Não Está Morto 2 chega com ambição ainda maior de repetir o mesmo feito ou até mesmo faturar ainda mais e emplacar um terceiro filme (no começo dos créditos finais, rola um áudio com uma diálogo que serve como gancho para o enredo de um novo filme). Assim como o primeiro filme, traz uma premissa interessante. Se no original, a premissa era justamente uma discussão filosófica que, infelizmente, ficou só na promessa, prevalecendo a carolice cafona, desta vez, é a vez da intolerância religiosa, tema da redação do ENEM do último final de semana. Infelizmente, mais uma vez a premissa é desperdiçada, pois, ao invés de se trabalhar o tema a sério opta-se em exagerar na dose de maniqueísmo, colocando os cristãos como coitadinhos, perseguidos e os não-cristãos como malvadões perversos impiedosos. Como se isso não bastasse, o roteiro é muito mal formulado, criando uma história inverossímil, sem fundamentação (a acusação contra a personagem protagonista é ridícula demais a ponto de ir parar num tribunal), e ainda com algumas sub-tramas totalmente descartáveis, que nem fedem, nem cheiram, só para esticar o filme desnecessariamente. Nem mesmo as desnecessárias mas obrigatórias citações decorebas da Bíblia convencem. O resultado é um filminho chatinho, irritante em alguns momentos, que só ganha alguma nota porque, como de costume, sempre que avalio filmes deste sub-gênero, dou um desconto por causa da boa intenção em fazer um filme com uma mensagem cristã para toda família. Mas, neste caso, nem ela foi suficiente para salvar o filme, já que o tiro acaba saindo pela culatra, por menosprezar até mesmo a inteligência dos cristãos. Esquecível, descartável e patético, decepciona qualquer cristão consciente. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário