terça-feira, 9 de agosto de 2016

UMA SESSÃO DE CINEMA PARA SER ESQUECIDA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.  

Negócio das Arábias (A Hologram for the King).
Produção alemã, estadunidense, britânica e francesa de 2016.

Direção: Tom Tykwer.

Elenco: Tom Hanks, Sarita Choudhury, Alexander Black, Sidse Babett Knudsen, Tom Skerritt, Ben Whishaw, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Cinesystem Maceió em 09 de agosto de 2016.

Cotação

Nota: 4,5.  

Sinopse: Baseado em mais um bosta... digo, best-seller. A trama acompanha Alan Clay (Hanks), um  veterano vendedor, um cara fodido, zero à esquerda, desacreditado até mesmo pela sua própria família, que é enviado a Arábia Saudita para vender um vídeo conferência fodástico, em forma de holograma para o rei saudita. 

Comentários: As bruxas estavam soltas na minha ida de hoje ao cinema e salvando-se apenas a pipoca realmente quentinha, saída na hora (e não a costumeira que está exposta, debaixo da luz artificial que, tão logo sai, fica fria). E justamente no dia que dia tudo para ser agradabilíssimo, já que larguei cedo do trampo, o que me possibilitou de ir caminhando tranquilamente até o Parque Shopping. De cara, tive que engoli, literalmente falando, a pior coca-cola da minha vida, quase azeda (acho que o tal xarope que o cara que inventou acidentalmente o famosíssimo refrigerante foi descoberto por uma das máquinas de refrigerantes do Cinesystem). Como se não bastasse, o filme começou a ser exibido com todas as luzes ligadas e permaneceu assim por quase dez minutos. Quando, finalmente, as luzes se apagaram, chega um casal atrasadíssimo que fica bem na minha frente,  numa lerdeza do caralho para se acomodar. Para completar, nos últimos quinze minutos de exibição, o filme deu umas cinco travadas. Todos esses incômodos, somado ao fato que eu assisti em uma das salas Vips, o que me fez desembolsar bem mais, seriam ignorados, se o filme fosse pelo menos bom no nível satisfatório. Mas, como disse no começo deste comentário, salvou-se apenas a pipoca quentinha. 

Para ser sincero, sinto falta do Tom Hanks astro promissor e carismático das comédias abestalhadas oitentistas. É bem verdade que o Hanks sério é o ápice de sua carreira, nos presenteando com grandes atuações, em emocionantes filmaços fodásticos, verdadeiras obras-primas. Mas, pelo menos suas escolhas nos tempos em que não era levado a sério, resultaram bons filmes e divertidos, ao contrário das escolhas do astro, principalmente, as mais recentes, que, com raríssimas exceções, são filmes bundas, que não apenas nada acrescentam a sua carreira, mas sujam sua filmografia. É o caso deste Negócio das Arábias, que consegue superar o tosco e horrível título nacional. Com um roteiro escrito direitinho, mas, sem se definir, patinando entre a comédia e o drama, com pitadinhas de pastelão romance, sem se sair bem em nenhum dos gêneros. O filme é enfadonho, chatinho, insosso, que se salva apenas em alguns momentos, graças ao coadjuvante Alexander Black, que arranca algumas tímidas risadinhas como um figuraça árabe caricatural que faz amizade com o personagem de Hanks. Mas, nem mesmo isso salva de ser mais um filminho desnecessário e inferior ao talento de Hanks. Esquecível como a sessão repleta de desagradáveis imprevistos.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário