sexta-feira, 19 de agosto de 2016

CLÁSSICO RECAUCHUTADO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.  

Ben-Hur (Ben-Hur).
Produção estadunidense de 2016.

Direção: Timur Bekmambetov.

Elenco: Jack Huston, Toby Kebbell, Morgan Freeman, Rodrigo Santoro, Nazanin Boniadi, Pilou Asbaek, Ayelet Zurer, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Cinesystem Maceió em 18 de agosto de 2016.

Cotação

Nota: 9,5.  

Sinopse: Nova versão para as telonas do clássico livro homônimo escrito por Lee Wallace. A trama se passa nos tempos que Jesus Cristo (Santoro) andava por aqui. Criados como irmãos, o príncipe judeu Judah Ben-Hur (Huston) e o órfão romano Messala (Kebbell) são amigos inseparáveis. Mas, a união fraterna é abalada quando, após alguns anos seguindo uma promissora carreira no exército romano, Messala volta a Jerusalém, querendo pôr ordem no local, para ficar bem na fita com o império romano. Quando Pilatos (Asbaek) chega a cidade e um incidente com ele acaba colocando injustamente a família Hur em mãos lençóis, Messala acaba traindo a própria família que o acolheu, mandando crucificar as mulheres e exilando Judah nas galés.  Mas, o destino dá uma forcinha e  após cinco anos como escravo, Ben-Hur acaba se libertando. Contando com a ajuda de Idarin (Freeman), Ben-Hur volta a Jerusalém buscando o acerto de contas com seu irmão.

Comentários: Não é a primeira vez que o clássico romance ganha uma versão para as telonas. Mas, desde ganhou a sua versão excepcional em 1959, estrelada pelo saudoso Charlton Heston (04/10/1923 - 05/04/2008), que Ben-Hur ganhou o status de obra intocável. Mas, muito mais do que arte e entretenimento, Hollywood é indústria, e como tal, precisa faturar, logo, o status foi ignorado e chega as telonas o novo filme baseado no romance, com a grandiosidade dos efeitos e recursos tecnológicos do século XXI e o nosso Rodrigo Santoro dando vida a Jesus Cristo, mero coadjuvante na clássica história de vingança e redenção entre os dois irmãos, só que desta vez, com mais personalidade e presença em cena, já que nos clássicos anteriores (além da clássica versão merecidamente vencedora de onze Oscars, ainda tem outra mais antiga, de 1925, que dizem ser mais fiel ao livro e também grandiosa para os padrões da época), devido ao costume de outrora que não era permitido retratar o Filho de Deus, Ele aparecia só de costas. Como sempre digo por aqui, devemos evitar o inevitável, ou seja, as comparações com o original. E no caso aqui, mais do que nunca, pois tratam-se de duas obras grandiosas, completamente diferentes, apesar de contarem a mesma história, retratos de uma época. Se o clássico do final dos anos 1950, é um novelão dramático, com mais de quatro horas de duração, aqui temos um épico de ação padrão com duas horas, mas, o suficiente para contar a história, aprofundar bem os personagens e suas motivações. O resultado é uma agradabilíssima surpresa já que temos um filme empolgante e emocionante, com um roteiro muito bem elaborado, enxutíssimo, porém, o suficiente para nos envolver com a saga do personagem. As atuações são competentes e o nosso Santoro manda muito bem nas pontuais aparições de Jesus, e a trilha dá o toque final. Tão bom quanto o clássico inesquecível, sem sombra de dúvida, a grande surpresa do ano. Imperdível.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


 
Nosso compatriota Rodrigo Santoro como Jesus.
Filho de Deus com mais presença e personalidade.  

  

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