terça-feira, 5 de julho de 2016

SURPRESA E DECEPÇÃO EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.  


Como Eu Era Antes de Você (Me Before You).
Produção do Reino Unido de 2016.

Direção: Thea Sharrock.

Elenco: Emilia Clarke, Sam Claflin, Janet McTeer, Charles Dance, Brendan Coyle, Jenna Coleman, Matthew Lewis, Vanessa Kirby, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 4 do complexo Cinesystem Maceió em 04 de julho de 2016.

Cotação

Nota: 6,0.  


Sinopse: Baseado num best-seller modinha homônimo. Louisa Clark (Clarke) é uma jovem abestalhada demais para a idade dela, que está na pindaíba e não para em emprego nenhum. Sua nova oportunidade de trampo é ser cuidadora do jovem milionário bonitão e tetraplégico Will Traynor (Claflin). Mesmo experiência nenhuma e bastante desajeitada por natureza, ela aceita o emprego. No decorrer do serviço, os dois acabam se apaixonando, dando esperança ao jovem ricão, que andava deprê com a vida.


Comentários: Com toda sinceridade,  nesses seis anos de blogueiro, não lembro de quando fui ao cinema com tanta má vontade e seco para meter o pau num filme, como eu fui para assistir esse aparente filme calcinha meloso nada original, baseado em um best-seller também nada original. Quem acompanha este blog sabe que, além de eu abominar o gênero romance (que é muito fantasioso e ainda desperta o mais alto grau da hipocrisia feminina, onde boa parte da mulherada se derretem com os casais bonitões e perfeitos das telonas, mas, na vida real, fazem escolhas nada românticas para serem seus pares ou quando os caras são, elas taxam de "melosos".), também afirmo que, lamentavelmente, qualquer merda vira best-seller hoje em dia, justamente pela falta de senso crítico da maioria do público que consome qualquer porcaria e desperta ainda mais o interesse dos gananciosos produtores hollywoodianos em adaptá-las para as telonas. Somente por muita insistência de uma velha amiga de passagem por Maceió, encarei essa merda que já tinha me irritado pelo bombardeio do trailer, que só aumentou minha falta de interesse em assisti-lo (no trailer, a personagem da lindinha Emília Clarke é tão absurdamente abestalhada que incomoda). É complicado já ir assistir um filme com uma opinião pré-estabelecida, algo que não recomendo a ninguém, mas, sinceramente, ninguém merece um bombardeio de um mesmo trailer, ainda por cima ruim. 

Enfim, sobre o filme, realmente paguei minha língua como nunca antes. Não é a merda melosa que eu esperava. Ao contrário do que o trailer e a exaustiva campanha de marketing pregava, Como Eu Era Antes de Você não é um filminho meloso do gênero romântico. É um drama leve, sensível, bem humorado, com uma mensagem legal de como podemos fazer diferença na vida uns dos outros, se encaramos a vida com mais otimismo e bom humor, num roteiro até bem estruturado, que consegue de degrau por degrau apresentar os personagens e nos cativar, nos envolvendo e prendendo a nossa atenção. Não apenas mérito do roteiro escrito pela autora do livro Jojo Moyes, mas, das atuações satisfatórias do casal de protagonista (Emília Clarke também me fez pagar a língua, mudando meu conceito da sua personagem de "abestalhada irritante" para "bobinha voadora"). Caindo de qualidade apenas na última meia hora, onde inevitavelmente cai na pieguice e no dramalhão, culminando num final insosso e contraditório com toda mensagem otimista até então que o filme passava, fica para esse blogueiro a velha lição que não devemos julgar um filme antes de assisti-lo. Trailers e campanhas de marketing de um filme não são impecáveis e podem nos levar ao erro.



Porta dos Fundos - Contrato Vitalício.
Produção brasileira de 2015.

Direção: Ian SBF.

Elenco:  Antonio Tabet, Fábio Porchat, Gabriel Totoro, Gregório Duvivier, João Vicente de Castro, Julia Rabelo, Luis Lobianco, Marcos Veras, Rafael Portugal, Thati Lopes, Marília Gabriela, Nelson Rubens, Sergio Mallandro, Xuxa, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 7 do complexo Cinesystem Maceió em 04 de julho de 2016.

Cotação

Nota: 3,5.  

Sinopse: Durante um porre em comemoração por ganharem o prêmio de melhor filme no festival de cinema de Cannes, o diretor Miguel (Duvivier) e o ator Rodrigo (Porchat) firmam um contrato vitalício num guardanapo onde o último se compromete a fazer todos os filmes de Miguel. Após a noitada, Miguel simplesmente some e após dez anos retorna, com a ideia de um novo filme, onde contará o que aconteceu com ele durante o sumiço, obviamente, com a presença de Rodrigo, que rala para ser um ator levado a sério.

Comentários: Um dos melhores canais de humor do YouTube, e que lançou um penca de humoristas talentosos para o estrelato, o Porta dos Fundos ganha seu primeiro longa metragem, ambicionando lançarem dois filmes por ano, ressuscitando a velha tática dos saudosos Os Trapalhões. O problema é, mesmo com a maioria dos seus vídeos serem muitos bons e engraçados, a estreia nas telonas foi com o pé esquerdo, tendo a mesma sina da galera do Casseta & Planeta de não repetirem o mesmo êxito nas telonas. Faltou ousadia e criatividade ao grupo, que preferiu ficar na zona de conforto do nosso cinema, lançando mais uma fraquíssima comédia abestalhada, esquecível, com roteiro raso, com pouquíssimas piadas que realmente funcionam, e mesmo essas só provocam tímidas risadinhas. Uma pena que, como disse acima e sempre digo aqui, o público consome qualquer porcaria e o filme vai bombar nas bilheterias, e o projeto dos caras irá vingar. Só espero que nos próximos trabalhos a criatividade dos vídeos do canal venha a torna. Indico que é melhor assistir aos vídeos e ignora o filme que não faz jus ao talento do grupo.


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário