terça-feira, 19 de abril de 2016

MAIS UMA GENIALIDADE DOS IRMÃOS COEN, ADAPTAÇÃO DE SUCESSO LITERÁRIO TUPINIQUIM E COSTNER À LA CAGE EM SESSÃO TRIPLA DE CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?. 

Ave, César! (Hail, Caesar!).
Produção estadunidense e britânica de 2016.

Direção: Joel e Ethan Coen.

Elenco: Josh Brolin, George Clooney, Alden Ehrenreich, Ralph Fiennes, Jonah Hill, Scarlett Johanson, Frances McDormand, Tilda Swinton, Channing Tatum, Christopher Lambert, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 4 do complexo Kinoplex Maceió em 19 de abril de 2016.

Cotação

Nota: 8,0.  

Sinopse: Nos anos 1950, o canastrão mas principal astro dos estúdios Capitol Pictures, Baird Whitlock (Clooney) é sequestrado por uma organização criminosa, justamente quando está nas filmagens da superprodução da época, o épico bíblico Ave, César!.  Edward Mannix (Brolin), cuja a função no estúdio é fazer com que seus astros cumpram seus respectivos contratos e também abafar seus escândalos, é encarregado de encontrar o galã e trazê-lo são e salvo para o set de filmagens.

Comentários: Sem sombra de dúvidas, os irmãos Coen são praticamente unanimidade, agradando tanto a crítica, como o grande público, graças a sua inegável genialidade e criatividade. Em seu novo trabalho, eles reúnem um puta elenco de astros e estrelas hollywoodianos para fazer uma paródia criativa, inteligente e ao mesmo tempo uma homenagem aos bons e saudosos tempos de ouro. Com um roteiro bem escrito e uma parte técnica excepcional, que recriar com requinte de detalhes a época em que a trama acontece, Ave, César! é um filme divertido do começo ao fim, principalmente para os cinéfilos de carteirinha. Mais uma obra genial dos irmãos Coen que, mais uma vez, usaram e abusaram da criatividade.




O Escaravelho do Diabo.
Produção brasileira de 2016.

Direção: Carlo Milani.

Elenco: Thiago Rosseti, Bruna Cavalieri, Marcos Caruso, Jonas Bloch, Lourenço Mutarelli, Augusto Madeira, Celso Frateschi, Thogun Teixeira, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 6 do complexo Kinoplex Maceió em 19 de abril de 2016.

Cotação

Nota: 6,8.  

Sinopse: Adaptação do sucesso literário homônimo escrito por Lúcia Machado de Almeida. A trama se passa na pequena cidade de Vale das Flores, onde uma série de crimes passa a acontecer. Em comum, as vítimas antes de partirem para a terra do pé-junto recebem um escaravelho, fato que intriga o delegado Rubens Pimentel (Caruso) e o pirralho Alberto Maltese (Rosseti), irmão de uma da vítimas, que unem forças para desvendar o mistério e impedir que o criminoso faça mais vítimas.

Comentários: Sou de um tempo, não tão distante assim, onde em nosso país havia um incentivo massacrante à leitura desde da infância, principalmente na escola, onde os professores de língua portuguesa, passavam leituras obrigatórias, tanto de clássicos de literatura com também de excelentes ficções modernas, como os livros da saudosa séria Vaga-lume que trazia vários e interessantíssimos títulos dos mais diversos gêneros que,com todo respeito aos fãs de Harry Potter, Crepúsculo e tanto outros livros modinhas gringos, não ficam atrás, e muitos, inclusive, eram superiores a estes. Demorou, mas, finalmente, a modinha das adaptações de sucessos literários teens chegou ao nosso cinema, e em grande estilo, adaptando, justamente um dos maiores sucessos da saudosa série de livros (espero de coração que a modinha chegue para ficar, e outros livros da coleção sejam adaptados, como O Rapto do Garoto de Ouro, livro que li e reli infinitas vezes, O Mistério do Cinco Estrelas, Um Cadáver Ouve Rádio, entre outros.). Obviamente que, assim como acontece nos sucessos literários gringos, os caras, por questões comerciais, não fazem uma adaptação fiel ao livro, e ainda por cima, insere elementos atuais na trama que foi escrita na segunda metade dos anos 1950. O filme comete o mesmo pecado mortal das adaptações gringas, ou seja, limita a obra original só como base e usa e abusa da tal liberdade criativa, o que acaba estragando uma premissa que tinha tudo para resultar num filmaço. O erro mais agravante na adaptação, sem sombra de dúvida, é reduzir a idade do protagonista, que no livro é uma universitário, e aqui é um pirralho de treze anos, o que torna o filme bobinho e surreal. Apesar desse e outros erros que infantilizaram desnecessariamente um filme com enredo que tinha tudo para gerar um suspense a la Silêncio dos Inocentes, o resultado final até que não é tão ruim assim, já que o filme ainda mantém o climão de suspense do livro, e consegue nos envolver e prender atenção. Merece ser conferido.



Mente Criminosa (Criminal).
Produção britânica de 2016.

Direção: Ariel Vromen.

Elenco: Kevin Costner, Gary Oldman, Tommy Lee Jones, Gal Galdot, Ryan Reynolds, Michael Pitt, Scott Adkins, Robert Davi, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 6 do complexo Kinoplex Maceió em 19 de abril de 2016.

Cotação

Nota: 7,8.  

Sinopse: No meio de uma importantíssima missão, o agente fodão da CIA, Bill Pope (Reynolds), parte desta para uma melhor, levando consigo todos os seus passos na missão. Desesperados para solucionar o caso, a agência pede arrego ao Dr. Franks (Jones), médico responsável por uma pesquisa inovadora que transfere memórias de um defunto para alguém vivo. O escolhido para receber as memórias de Pope, é o frio e psicopata porra-louca, Jericho Stewart (Costner). Obviamente, nem tudo sai como o planejado e o instável Stewart foge do controle e tenta se dá bem. Só que as lembranças do falecido desperta nele sentimentos que ele nunca teve na vida.

Comentários: É compreensível que os irmãos Coen reúnam um puta elenco estrelar em seus filmes, mas, não entendo como um ilustre desconhecido como esse Ariel Vromen, com apenas um filme  no currículo, consegue o mesmo feito, num filme com premissa típica de filme classe C. E o mais agravante: filme que levou um "não" sonoro de ninguém menos que Nicolas Cage, um astro conhecidíssimo por nos últimos anos estrelar filmes ruins, sendo aqui substituído pelo ótimo, Kevin Costner (Putz! É fim de mundo mesmo.). O pior é, mesmo não sabendo do "não" dado pelo canastrão, impossível, não ver Costner em cena e não lembrar do, já que está num personagem que é a cara de Cage. Mas, convenhamos, ainda bem que é Costner, já que acabou tirando leite de pedra de um roteiro regular e tornando o filme divertido, empolgante, envolvente, e ainda com coadjuvantes de luxo, todos desperdiçados. É bem verdade que Mente Criminosa é um típico thriller de ação classe C, daqueles que são lançados diretamente em home vídeo com um elenco de ilustres desconhecidos. Mas, o resultado final é tão surpreendente, já que o filme é melhor do realmente deveria ser (a crítica vem malhando), que acaba prendendo atenção do começo ao fim e empolgando o público. Portanto, vale a pena assistir no mínimo por curiosidade.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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