sábado, 6 de fevereiro de 2016

MELADEIRA NO OSCAR.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?. 

Brooklin (Brooklyn).
Produção irlandesa, do Reino Unido e canadense de 2015.

Direção: John Crowley.

Elenco: Saoirse Ronan, Domhall Gleeson, Emory Cohen, Jim Broadbent, Julie Walters, entre outros.

Blogueiro assistiu online (site Alfa Filmes) em 06 de fevereiro de 2016.

Cotação

Nota: 5,0.  

Sinopse: Baseado em um romance premiado. A trama se passa no começo da década de 1950, quando a irlandesa Eilis Lacey (Ronan) que, sem perspectiva nenhuma de mudança de vida, resolve chutar o pau da barraca e aceita o convite de um amigo padre (Broadbent) de ir morar nos Estados Unidos, a famosa terra das oportunidades. Chegando lá, ela se hospeda numa pensão de uma simpática senhora (Walters), passa a trabalhar e estudar, conhece o jovem bombeiro ítalo-americano Tony (Cohen), e ambos se apaixonam, iniciando uma grande história de amor.

Comentários: Não lembro quando foi a última vez em que realmente filmes tão bons foram, merecidamente indicados ao Oscar como neste ano, onde temos na disputa os fodásticos Mad Max: Estrada da Fúria (até agora, o meu favorito, apesar de ter o pé no chão que os membros da Academia são quadradões e, só por um milagre dos grandes, vai premiar um filme inovador, muito menos um filme no gênero da ação), O Quarto de Jack, Spotlight - Segredos Revelados, O Regresso (estes três também têm minha torcida, nesta respectiva ordem), os interessantes Perdido em Marte e Ponte dos Espiões, o legalzinho e nada de extraordinário que faça jus a indicação A Grande Aposta, e Brooklin, justamente o único filme bunda, que queima uma das listas mais justíssimas e merecida de toda história do Oscar, algo que, até onde me lembro, não ocorria há décadas. Não que o filme seja totalmente ruim. O problema é que um filminho simplório, tipo aqueles filmes ilustres desconhecidos que passam repetidamente na atual fase decadente da Sessão da Tarde. Insosso, morgadão, chatinho, entediante, piegas e meloso, o filme não traz nenhuma novidade, com uma história de luta por superação tão explorada no cinema, mas, aqui, sem nenhum brilhantismo. O roteiro é apenas satisfatório, nada de extraordinário que mereça uma indicação, as atuações do elenco são competentes diante do material que tem para trabalhar, e a indicação da protagonista lindinha, cheira a um "vamos indicar pelos lindos olhos que ela tem". Não pela atriz em si, que é talentosa, e segura bem o protagonismo, sua atuação até que é boa, diante do que lhe é proposto, mas, indicação ao Oscar de Melhor Atriz é um exagero, tirando a vaga que poderia de alguém que realmente merecesse, como a brilhante atuação de Charlize Theron como a já cultuadíssima Imperatriz Furiosa. Em síntese, um filminho bonitinho, medíocre, mas com uma excelente parte técnica que reconstruir perfeitamente a época em que se passa a trama. Incrível como uma merda dessa, sem nenhuma originalidade, com um enredo batido, é indicado ao Oscar de Melhor Filme. Fica a sensação que indicações a filmes como este serve apenas de estratégia de marketing para chamar atenção para um filminho tão comum que todo mundo estaria cagando e nem saberia da existência se não fosse a indicação. Só pode!

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


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