domingo, 16 de fevereiro de 2014

RECORDAR É REVER: ROBOCOP (TRILOGIA).

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco.  

Meio homem, meio máquina, um tira total. Assim fomos apresentados ao policial do futuro RoboCop, no fodástico clássico oitentista homônimo dirigido pelo genial Paul Verhoven. De lá para cá, foram duas desnecessárias continuações oficiais, seriado televisivo, filmes para a telinha que chegaram por aqui em home vídeo, chegou até ser garoto propaganda de calça jeans por aqui e tanto outros produtos tendo o ciborgue fodão da lei que atualmente volta a ter destaque de peso em virtude do remake do filme original, dirigido pelo nosso compatriota José Padilha, que chega na próxima semana aos cinemas brasileiros. Com exceção deste que ainda não assistir, ao meu ver, todos inferiores ao original que de fato é um filmaço inesquecível e até então insuperável. Aproveitando o lançamento do remake e a exibição ontem a noite de RoboCop 2 no SBT, comento a partir de agora a trilogia original. 

RoboCop - O Policial do Futuro (RoboCop).
Produção estadunidense de 1987.

Direção: Paul Verhoven.

Elenco:  Peter Weller, Nancy Allen, Dan O'Herlihy, Ronny Cox, Miguel Ferrer, Kurtwood Smith, Ray Wise, Paul McCrane, Robert DoQui, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto Cinema São Luiz (Maceió), em home vídeo (VHS) e na TV aberta (Globo).

Cotação

Nota: 10,0.  

Sinopse: Num futuro não muito distante, a cidade estadunidense de Detroit está um caos, com a bandidagem mandando e desmando, tocando o terror. Bob Morton (Ferrer), um jovem executivo da toda poderosa  cooperação OCP, tem um projeto chamado RoboCop, que consiste em transformar um ser humano num cyborgue a serviço da lei. A chance de ouro que Bob tem de colocar seu projeto em prática ocorre quando numa batida de rotina, o policial Alex J. Murphy (Weller) é cruelmente massacrado por uma gangue barra pesada, liderada pelo perigoso psicótico Clarence J. Boddicker (Smith). Murphy torna-se RoboCop e junto com sua antiga parceira Anne Lewis (Allen), passa a colocar ordem na cidade, detonando com a bandidagem.

Comentários: Paul Verhoven é um dos grandes gênios do cinema pop. Prova disso é que o diretor holandês presenteou a sétima arte com filmaços inesquecíveis e fodásticos como este RoboCop, O Vingador do Futuro original e Instinto Selvagem. A estreia do policial meio homem, meio máquina Alex Murphy é um daqueles filmaços perfeitos, que consegue a proeza de ter um roteiro excepcional, que mescla os gêneros ação, policial, ficção, suspense e um pitada de ótimo humor sarcástico, tudo na medida certa. Nosso compatriota Padilha tem um pepinão gigante nas mãos em tentar fazer um remake de um clássico da sétima arte tão bem realizado e inigualável. Boa sorte para ele. Sobre o RoboCop original, faltam as palavras para definir um puta filmaço que além do excepcional roteiro, dar um show na parte técnica e conta também com um elenco afiado. Infeliz e injustamente, anda sumidão das grades das emissoras televisivas brasileiras, abertas e por assinaturas. Enfim, um filmaço completíssimo, inesquecível, para ser visto e revisto sem perder o status de excepcional e fodástico. Nota dez e cinco estrelas são poucas para um filmaço tão empolgante.



RoboCop 2 (RoboCop 2).
Produção estadunidense de 1989.

Direção: Irvin Kershner.

Elenco Peter Weller, Nancy Allen, Dan O'Herlihy, Tom Noonan, Belinda Bauer, Gabriel Damon, John Glover, Robert DoQui, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto Cinema Iguatemi (Maceió), em home vídeo (VHS) e na TV aberta (Globo e SBT).

Cotação

Nota: 3,0.  

Sinopse: O caos continua na velha Detroit. A bandidagem continua tocando o terror, os policiais ameaçam mais uma vez cruzar os braços por melhorias salariais e condições de trabalho, e a droga nuke vem arrastando muitos viciados pela cidade. No meio deste caos, RoboCop (Weller) continua sendo o braço forte da lei, perseguindo os traficantes, liderados por Hob (Damon), pirralho metido a gente grande, mas, tão frio, sádico e cruel como qualquer poderoso chefão adulto. Enquanto isso, a OCP, com intuito de dominar de vez a cidade, tenta lançar em vão uma versão mais moderna do projeto RoboCop. A chance de emplacar um novo RoboCop aparece quando a psicóloga Dra. Juliette Faxx (Bauer), consegue autorização do poderoso chefão da OCP (O'Herlihy), que está doido para dar uns pegas nela, para colocar suas ideias e assumir o projeto. Só que Faxx inventa de escolher Cain (Noonan), viciado e traficante tipo de tutor de Hob, que acaba surtando e tornando-se uma máquina letal que só RoboCop poderá impedir.

Comentários: Com enorme sucesso do primeiro filme, os produtores trataram logo de realizar rapidamente uma continuação. Para isso, chamaram o mestre Frank Miller para roteirizar e o diretor do fodástico clássico da ficção O Império Contra-Ataca para conduzir o filme. Apesar de tudo ser mais grandioso, da parte técnica a violência triplicada,  em comparação ao original, RoboCop 2 deixa muito a desejar, com um roteiro que mesmo sendo muito bem escrito e desenvolvido, ao meu ver, é fraquinho. Particularmente, não sei o que mais me irrita se é o chatíssimo pivete como vilão, o velho, poderoso chefão da OCP, pensando com a cabeça de baixo ou as sequências onde o herói se torna um Robocó após ser reprogramado por ordens de toscos executivos politicamente corretos (qualquer semelhança com os nossos dias atuais não é mera coincidência. rssss...). Enfim, não chega a ser um desastre total, pois, as sequências de ação são bem legais, mas, leva uma pisa enorme em comparação a obra-prima original. Curiosamente, o filme aqui no Brasil fez um enorme sucesso, sendo a maior bilheteria do ano 1990. Mesmo com alguns méritos e sendo um bom filme, para mim, é um filme fraquíssimo que não faz jus ao original.




RoboCop 3 (RoboCop 3).
Produção estadunidense de 1993.

Direção: Fred Dekker.

Elenco: Robert John Burke, Nancy Allen, Jill Hennessy, Bradley Whitford, Mako, Robert DoQui, Rip Torn, Shane Black, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto Cine Art Pajuçara, em home vídeo (VHS) e na TV aberta (Globo).

Cotação

Nota: 3,5.  

Sinopse: A OCP foi comprada por uma empresa japonesa, que deseja derrubar um bairro inteiro de Detroit para transformar num empreendimento chamado Delta City. Obviamente, os moradores resistem e lutam pelos seus lares. A OCP organizar uma força policial intitulada Reabilitação. Numa batida policial, Robocop (Burke) e sua parceira Lewis (Allen), vão local e acabam constatando a realidade. A dupla muda de lado, e passa a defender os moradores tido como rebeldes pela OCP.

Comentários: Se RoboCop 2 tem uma dosagem a mais de violência que o filme original, o terceiro e último filme da franquia é totalmente inverso. E a mudança não é apenas pegando leve na violência. Peter Weller, dá  mais um ataque de estrelismo e exigiu um salário maior, levando um pé na bunda, sendo substituído pelo ilustre desconhecido Robert John Burke, na época a cara cagada e  cuspida de Weller. Pura idiotice de Weller, afinal, para interpretar um robô, não é necessário um grande ator, mesmo que tenha que fazer o sacrifício de suportar a pesadíssima e calorenta armadura. Sobre o filme, é um pouco infantilizado, tem um roteiro regular, também escrito por Miller que, apesar de manter o bom nível na estrutura como o seu antecessor, comete algumas gafes imperdoáveis e ridículas como matar uma personagem importante na trilogia e ainda colocar o RoboCop para sair voando e enfrentar um tosco samurai-robô. Ligeiramente um pouquinho melhor que o filme anterior e como este, salva-se pelas boas sequências de ação e leva uma pisa feia do original, até hoje imbatível.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

2 comentários:

  1. O Robocop '1' é fantástico do início ao fim. O 2 e 3 não lembro quase nada, mas eu até tinha gostado na época, se não estou enganado.

    ResponderExcluir
  2. Na época eu tinha gostado também. Mas, depois de tanto assistir e de ter revisto recentemente constatei que se tratava de duas bombas.

    ResponderExcluir