quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

TARADA E TRAMBIQUEIRO REAL EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco.  

Ninfomaníaca - Volume 1 (Nymphomaniac: Volume I).
Produção dinamarquesa, alemã, francesa e belga de 2013.

Direção: Lars von Trier.

Elenco: Charlotte Gainsbourg, Stellan Skarsgard, Stacy Martin, Shia LaBeouf, Christian Slater, Jamie Bell, Uma Thurman, Connie Nielsen, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara no dia 14 de janeiro de 2014.

Cotação

Nota: 8,0.  

Sinopse: Um belo dia, Seligman (Skarsgard) encontra num beco Joe (Gainsbourg) toda fodida, não no sentido sexual, mas, cheia de hematomas e com peso na consciência,  e a leva para a casa. Enquanto se recupera, Joe vai narrando as aventuras sexuais em que se meteu quando era jovem (Martin), revelando detalhes sórdidos da sua compulsão por sexo.

Comentários: No meio da minha ignorância sobre a sétima arte, principalmente em relação a filmes, diretores e artistas cultuados (ouso parafrasear Sócrates dizendo que neste caso "Só sei que nada sei".) acredito que na atualidade não exista alguém mais polêmico que o diretor Lars von Trier. Em 2010 o bajuladíssimo pela crítica causou um mal estar da porra no festival de Cannes ao fazer declarações pró-Hitler. Como se isso já não fosse bastante para chocar, anunciou que seu próximo seria sobre uma ninfomaníaca, com direito a cenas de sexo real. Sem cerimônia, o cara promete o que cumpriu e hoje chega aos cinemas o tão aguardado e polêmico filme. Com um roteiro muito bem elaborado em episódios, o filme é envolvente e prende a nossa atenção, não pela sacanagem que rola solta, com direito a abusar em cenas de sexo explícito e de bilaus, mas, por ter um enredo bem desenvolvido, uma dose perfeita de humor e sarcasmo. Destaque para o capítulo 4, onde Uma Thurman faz uma participação hilária e sem noção. Em síntese, não é uma obra-prima como a crítica baba-ovo do diretor afirma, mas também não é uma bomba. Trata-se de um ótimo filme, envolvente e com um final tão aberto quanto as pernas da personagem central, nos deixando mais ansioso para assistir o desfecho da saga da taradinha que estreia ainda esse ano.

 
Filme provocativo até nos posters.

 
Caras e bocas de alguns astros hollywoodianos
despertam mais atenção para o filme.

 
Mais caras e bocas em outro cartaz do polêmico filme.

 

O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street).
Produção hollywoodiana de 2013.

Direção: Martin Scorsese.

Elenco: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Matthew McConaughey, Kyle Chandler, Rob Reiner, Jon Bernthal, Jon Favreau, Jean Dujardin, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 4 do Complexo Kinoplex Maceió no dia 14 de Janeiro de 2014.

Cotação

Nota: 8,5.  

Sinopse: Adaptação de uma biografia homônima, que narra a história de Jordan Belfort (DiCaprio) um corretor da bolsa de valores que extrapola os limites dentro e fora do mundo das finanças nos Estados Unidos, com uma vida regada a drogas e vários esquemas fraudulentos. De origem humilde, o cara chega a Nova Iorque com apenas 22 anos e começa a trabalhar na bolsa de valores com o corretor Mark Hanna (McConaughey), numa curtíssima temporada, mas, o suficiente para aprender os macetes e a safadeza para burlar a lei e encher o rabo de dinheiro. 

Comentários: Depois da taradinha, o clima de safadeza continua com a pré-estreia da quinta parceria entre Scorcese e DiCaprio, que rendeu bons filmes. O Lobo de Wall Street é mais daqueles filmes que tem longa duração (quase três horas) e a gente nem percebe, por ser tão divertido e envolvente. Neste caso, graças a um excelente roteiro, muito bem elaborado, com dosagem exata de drama, ação e muito humor e um elenco afiadíssimo. Mais uma vez, DiCaprio e Scorsese provam que a parceria está cada vez mais afiada, com o diretor arrancando mais uma grande atuação do eterno Jack de Titanic, que brilha na pele do porra-louca trambiqueiro, hoje foragido dos Estados Unidos, morando e trabalhando na Austrália, que a pouco dias elogiou a atuação de DiCaprio. Com maestria, Scorsese torna uma história pesada e arrastada, um divertido filme que arranca gargalhadas. Disparado um dos melhores filmes da dupla. Surpreendentemente divertido.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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