quarta-feira, 29 de agosto de 2012

UM ASTRO MARCIAL RUMO AO ESTRELATO.

Parceiro de Jean Claude Van Damme em seus últimos filmes, Scott Adkins se destaca na pele do lutador Yuri Boyka nas continuações de O Imbatível.
 
Dos astros de ação presentes em Os Mercenários 2, Scott Adkins luta, literalmente falando, a cada filme para se firmar com astro de ação.  O inglês de 36 anos e 1.80m de alutra, estreiou nas telonas encarando Jackie Chan no divertido Espião por Acidente, apareceu irreconhecível encarando Wolverine no seu filme solo, e atualmente é figura presente nos últimos filmes estrelados pelo baixinho belga Jean Claude Van Damme, incluindo o citado acima comandado por Sylvester Stallone e o novo filme da franquia Soldado Universal. Até agora, destaque mesmo em sua carreira é o lutador russo Yuri Boyka, presentes nas duas continuações de O Imbatível.  Mesmo com este personagem fodástico Adkins, ao meu ver, ainda não alcançou o estrelato, figurando no momento como aspirante a pelo menos, astro de filmes de ação B. Mas, é fato que ele pode ir além disso, pois cacife o cara tem de sobra, já que domina nada mais, nada menos que oito modalidades marciais, portanto, tem tudo para estourar com astro do gênero. Vamos ver se após a mega-reunião dos astros da porrada a carreira do cara decola. Vai depender muito de sua atuação no filme chamará atenção dos produtores hollywoodianos e  também de suas escolhas. Enquanto isso, vamos aos comentários da atuação mais marcante do cara.
 
Para quem não lembra, O Imbatível é um filme de 2002 que traz Ving Rhames como o campeão mundial de box James "Iceman" Chambers que é enviado a uma prisão de segurança máxima, após ser condenado por estupro. O local é palco de lutas de boxes entre os detentos a cada seis meses, onde Monroe Hutchen (Wesley Snipes) é o campeão absoluto por dez anos. Os dois logo de cara se estranham, principalmente, pelo temperamento explosivo e encrenqueiro de Iceman. Sabendo desta tensão entre os dois brutamontes, percebendo, portanto, uma chance para faturar uma grana alta, um detento mafioso (o saudoso Peter Falk, o eterno Colombo da série televisiva homônima) resolve promover uma luta entre os dois. É incrível como este típico filminho "B" a la  Rocky é dirigido por Walter Hill, o mesmo cara que nos anos 80 nos presenteou com alguns filmaços, principalmente, o fodástico e inesquecível Ruas de Fogo. O Imbatível tem um roteiro um pouco arrastado, com muita falação e pouca ação. Mas, vale conferir pelo confronto entre Rhames e Snipes, duas feras bons de briga. Nota 5,0.

 
 
É justamente no segundo filme, produzido em 2006, que Adkins dá as caras pela primeira vez com o seu personagem, até agora, mais conhecido. Curiosamente lançado por aqui com o título O Lutador, desta vez o campeão Iceman, agora interpretado por Michael Ja White (de Soldado Universal - O Retorno e Rede da Corrupção), está na Rússia para alguns contratos comerciais e vai parar de novo no xilindró, acusado injustamente de tráfico de drogas. Tudo armação para colocá-lo no ringue de uma espécie de UFC mortal entre detentos, tendo que encarar o fodástico e cruel Yuri Boyka (Adkins). Apesar de ter um elenco bem menos famoso que o filme original, a continuação tem muito mais ação que o primeiro, apesar do roteiro ainda deixar um pouco a desejar. Sem sombra de dúvida, O Lutador é o filme de Adkins, que rouba a cena e dá um show, tanto de atuação como na porrada, na pele de um vilão que faria o seu compatriota Ivan Drago se mijar de medo. Em síntese, um típico filme de artes marciais classe "B", com coreografias razoáveis e um vilão fodástico que  os fãs do gênero tanto gostam. Nota 6,0.



Seu excelente desempenho em O Lutador  fez com que Adkins ganhasse uma chance de protagonizar o próximo filme da franquia. Em O Imbatível III: Redenção, logo de cara somos surpreendidos por um Boyka com um visual tosco, literalmente falando na merda, trabalhando no esgosto da prisão, longe da fama de fodão do filme anterior, ferradíssimo após o Iceman ter detornado com um dos seus joelhos. Mas, dez minutos depois, e de forma surreal, só pelo desejo de voltar aos ringues, o cara arrumar o visual, entra no ringue e detona o atual campeão, ganhando a chance de particpar de um torneio, junto com oito prisioneiros do mundo inteiro, incluindo um tosco brasileiro de São Paulo (na verdade, interpretado por um gringo, que dá alguns saltinhos acobráticos se passando por capoeirista). Mais um filminho "B" de torneio, sem novidade nenhuma, com sequências de lutas regulares e um roteiro fraquinho, que tira todo brilho de Boyka, que de vilão fodástico no filme anterior passou a ser mais um heróizinho medíocre, tirando todas as chances de Adkins dá um show. Os fãs do gênero menos exigentes e criteriosos até quem curtem este filme que segue a velha e batida regra dos terceiros filmes de uma franquia serem os mais fracos. Nota 3,5.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

 

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