sexta-feira, 17 de agosto de 2012

FAZENDO JUSTIÇA AO JUSTICEIRO.

Brucutu sueco arrebenta dando vida a mais um herói descaracterizado da fonte original.

Desde que comecei a maratona de comentar todos os dias um filme estrelado por um dos astros de ação presentes no aguardado Os Mercenários 2, que involuntarialmente só comentei filmes ruins estrelados pelo grandalhão sueco Dolph Lundgren, parecendo até uma marcação cerrada em cima do cara, algo que, evidentemente, não tenho. Afinal, o cara deu um show dec atuação como o louco e pertubado sargento Andrew Scott no primeiro Soldado Universal, conseguindo a proeza de ter uma interpretação melhor que o seu colega de cena e astro do filme, o tampinha Jean Claude Van Damme, e de começar a carreira sendo o maior e mais fodástico oponente do ícone lutador Rocky Balboa no quarto filme da série estrelado por Sylvester Stallone. Tudo bem que sua filmografia está repleta de filmes péssimos, alguns inclusives dirigidos pelo próprio Lundgren, mas, o cara também estrelou ótimos filmes como O Grande Anjo Negro, Massacre no Bairro Japonês, onde divide a cena com o saudoso Brandon Lee, Mestres do Universo, entre outros, inclusive até algumas produções recentes classe Z lançadas diretamente em home vídeo. Corrijo a injustiça que venho cometendo contra o brucutu sueco  de Q.I. alto, comentando  O Justiceiro, de 1989, provavelmente um dos filmes mais cultuado de sua carreira. Da mesma forma que aconteceu no filme do He-Man, Lundgren dá vida a uma versão distorcida e descarecterizada do personagem na sua fonte original (no caso aqui, os quadrinhos) e mesmo assim fazer um filme divertido e fodástico.

A trama se passa cinco anos após o ex-policial Frank Castle (Lundgren, convicente) perder sua família, se tornando o anti-herói Justiceiro, que passeia de moto pelos esgotos da cidade, mandando para terra do pé-junto todos os bandidões, desmartelando com a máfia local. Seu ex-parceiro, o detetive Jake Berkowitz (o grande ator Louis Gossett Jr., desperdiçadíssimo), está no seu encalço, sendo o único a acredita que Castle é o Justiceiro. A jornada vingativa do herói está prestes a terminar com êxito, mas, a chegada da Yakuza na cidade, liderada pela fria Lady Tanaka (Kim Miyori), só adiar sua aposentadoria, dando mais trabalho a ele. E quando a bandidona e seu grupo criminoso inventa de sequetrar pirralhos, entre eles, o filho do mafioso Gianni Franco (Jeroen Krabbé), justamente o cara responsável pelo assassinato da família Castle, o Justiceiro terá que dá um tempo em sua jornada vingativa, para salvar a pirralhada.

Mesmo com um roteiro regular, um herói sem a sua tradicional blusa de caveira e uma produção papérrima, é inegável que esta estreia do Justiceiro nas telonas é uma das mais divertidas e cultuadas que as duas versões mais recentes. Particularmente, a versão estrelada por Lundgren é a minha favorita, e na minha opinião, leva uma ligeira vantagem em relação a  segunda versão do herói, O Justiceiro, estrelada pelo competente ator mas ilustre desconhecido Tom Jane, tendo John Travolta como vilão, e dá uma pisa no péssimo terceiro filme Justiceiro em Zona de Guerra. Bem verdade que o personagem ainda não teve sorte nas telonas e que a versão de Lundgren é a que apresenta o personagem mais descarecterizado, com deficiências técnicas e no roteiro, mas, o fato é que O Justiceiro é um bom filme de ação B, com Lundgren cumprindo bem o papel, mesmo que sua atuação não seja das melhores, mas, em compensação, em perfeita forma a ponto dec realizar ele mesmo boa parte das cenas de ação. Nota 8,0.
 
 
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.



 
"Me beija, Frank Castle!"
Só faltou isso para o desperdiço do talento
de Gossett Jr. virar um mico.

 
Mesmo em versões descarecterizadas do original,
filmes de heróis estão entre os melhores da carreira de Lundgren.

Mesmo sendo o mais descarecterizado e com a produção mas pobre,
O Justiceiro de Lundgren ainda continua sendo a melhor versão para as
telonas do anti-herói dos quadrinhos.

 
Lundgren posando a la 007 como Justiceiro.
Personagem está entre os melhores de sua carreira.

 Cara e jeito de durão, cabelos tingidos e dispensa de dublê na maioria das cenas.
Elementos que fizeram Lundgren convencer e ser, até agora, o melhor Justiceiro das telonas.

 

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