sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

OUTRA SESSÃO DUPLA DE CINEMA.


Quem disse que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Pois é galera, exatamente após uma semana do meu retorno ao escurinho do cinema, depois de um pequeno intervalo de um mês e alguns dias, aproveitei a terça-feira, dia que estou um pouco folgado, para encarar outra sessão dupla de cinema: o drama A Rede Social, na tela do Centerplex e a aventura fantasiosa As Crônicas de Narnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada, na tela do Cine Maceió.

E a Sessão Dupla de cinema promete continuar, já que hoje está entrando em cartaz dois filmes que estou ansioso para assistir (Aparecida: O Milagre e Tron: O Legado), só que desta  pertinho da minha casa, já que ambos os filmes estrearam na tela do Cine Maceió. Enquanto a sessão dupla pela terceira semana seguida não acontece, farei um breve comentário dos filmes que assistir esta semana.


O primeiro filme da minha sessão dupla foi A Rede Social.

No ano passado, quando fiquei sabendo que estavam fazendo um filme contando a história recente da criação do Facebook, admito que não dei a mínima, pois achei que seria uma merda. Mas o que me convenceu de pagar para ver uma suposta merda? Simples, a mórbida curiosidade de cinéfilo. A mesma que me faz assistir todos os filmes da série modinha Crepúsculo, os toscos Jogos Mortais, a nova aventura do bruxinho gay Harry Potter, entre outros filmes que particularmente não me atraem.

No caso de A Rede Social, tem o acréscimo de ser um filme, que a imprensa e crítica especializada já está anunciando como forte candidato ao Oscar. Ainda bem que me deixei levar por esta curiosidade, já que A Rede Social, é um bom filme, com excelentes interpretações e que mesmo sem nenhuma ação e nada de extraordinário, consegue atrair a nossa atenção e nos envolver, num enredo simples mas intrigante.

A trama, como já mencionei acima narra a história real da criação do site de relacionamento Facebook. Sem perder muito tempo com explicação e origem dos personagens, a história começa quando o seu criador, Mark Zuckenger, um nerd idiota e até certo ponto irritante que, após levar um merecidochega para lá da sua namorada, faz o que qualquer nerd faria: entra na internet e bloga escracho na sua ex. Na mesma noite, criou o site Facemash, onde quem acessasse poderia julgar as garotas gostosonas da faculdade, o que acabou causando pane no sistema da Faculdade de Havard. Daí, sua ideia se aperfeiçou e graças a ajuda do seu amigo Eduardo Saverin, e baseada numa ideia dos gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, criou o Facebook que conhecemos hoje. O pró é que o Mané do Zuckenger, movido pela vaidade, não credita os outros idealizadores, o que acabou resultando num processo movido por eles, que o condenou a idenizá-los, algo que não o prejudicou financeiramente já que o nerd, chegou ao topo do mais jovem bilionário.

O filme é muito bem conduzindo, intercalando cenas da audiência, com os fatos que geraram a criação do Facebook e, posteriormente, o processo.  Uma fórmula simples e bastante utilizada em filmes, mas que o consagrado diretor David Fincher, não deixou que o ótimo roteiro cair na mesmice. Os personagens fogem totalmente da velha fórmula heróis e vilões, e são apresentados como realmente são, ou seja, mais humanos, com qualidades e defeitos. As interpretações são excelentes. Impressiona também, o efeito visual utilizado para que o ator Armie Gafield interprete os gêmeos Winklevoss.

Apesar de todas essas qualidades, tenho que admitir que o filme não faz o meu estilo. Não é a merda que eu imaginaria que fosse, mas também não é o melhor filme que já assistir este ano. A Rede Social é uma agradável supresa, com um bom enredo, que merece ser conferido.

Uma prova viva que um filme para ser bom, não é necessário recorrer a explosões e barulheira, muito menos, quando trata-se de narrar fatos reais, recorrer ao exagero dramático.


Após um intervalo de duas horas, tempo que milagrosamente foi suficiente para pegar o busão e retornar do longínuo bairro do Benedito Bentes, em plena hora de trânsito lento, dar um pulo em casa para um necessário banho, fui conferir, na sala 1 do Cine Maceió o terceiro filme da série As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada.

Por incrível que pareça este é o primeiro filme da série que eu assisto, já que a mesma, não estava na lista de filmes que me despertassem o interesse. E porque raios eu fui assistir este terceiro filme? Resposta também simples: apenas uma desculpa para conferir a recém-inaugurada sala 3D de Maceió. E não me arrependi, já que terminei a noite de terça, assistindo a um filmaço.

Na trama, Edmundo e Lúcia, os pirralhos dos dois filmes anteriores que agora estão entrando na adolescência, junto com o seu primo (o personagem mais engraçado do filme), voltam ao mundo imaginário de Nárnia para uma nova aventura, junto com o agora Rei Caspian, para tentar impedir uma nova ameaça das trevas. 

O filme é excelente, com muita ação recheada com excelentes efeitos especiais (o 3D funciona muito bem), interpretações acima da média e belíssimas mensagens.

Não assistir os dois primeiros filmes, mas gostei muito deste filme. Numa época onde as nossas crianças são bombadeadas de figuras nada exemplares como bruxos, personagens violentos dos games, é um alívio que filmes como Nárnia, onde são exaltados valores como a convivência familiar, a amizade e o incentivo à leitura.

Em síntese, um filme que merece ser visto em família e que, com certeza, vai agradar a pais e crianças, um programão, que infelizmente, está cada vez ficando mais raro.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

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