terça-feira, 28 de setembro de 2010

REVISANDO A QUADRILOGIA RESIDENT EVIL.


Mudando de assunto, mas ainda na temática bela que é fera... Vamos falar de cinema.

Ainda no clima do quarto filme da série que eu assistir na quarta-feira da semana passada, aproveitei a única e rara tarde livre que eu tive esta semana, para assistir aos três primeiros filmes da série Resident Evil, baseada num game japonês homônimo. Como disse na postagem sobre o quarto filme, não sou muito fã desta série, mas também não sou um dos que a detestam. Afirmo mais uma vez que a série é boa, com filmes repletos de ação, com aqueles cenas mirabolantes, que nós, fãs do bom cinemão pop, adoramos.

Um dos pontos positivos da série é  justamente a ordem lógica de sucessão de fatos entre um filme e outro, fazendo uma perfeita ligação entre eles, deixando ao final de cada filme, a sensação de "quero mais!", que será saciada no outro filme, que por sua vez, criará a mesma sensação. Características ests, cada vez mais raros em continuações de filmes. Isso se dá, graças ao roteirista e diretor, do primeiro e do último filme, Paul W.S. Anderson, que, ao contrário de outras séries, se mantêm escrevendo os roteiros de todos os filmes. Outro ponto que merece destaque do diretor/roteirista é o fato da produção dos filmes terem baixo orçamento para os padrões Hollywoodianos, e oferecer um bom produto ao público, que em contrapartida lotam os cinemas mundo à fora, provando que a afirmação "Uma ideia na cabeça e uma câmera não" do nosso saudoso Glauber Rocha, é fato consumado. Graças ao seu talento, Anderson os grandes estúdios lhe confiaram filmes com orçamento maior como Alien x Predador, Corrida Mortal, entre outros.

Outro ponto positivo da série é poder contar com a mesma protagonista, a ex-modelo Milla Jovovich (aprendi numa reportagem da revista Preview desta mês qu seu sobrenome pronuncia-se Yo-Yo-Vich. Mas para nós que aprendemos a pronunciar Schwarzenegger, até que da mocinha não é tão complicado), esposa de Paul W. S. Anderson, que apesar de não ser lá uma grande atriz, está desempenhando cada vez melhor o papel da heroína Alice, acompanhando perfeitamente a transição da personagem de mocinha confusa a heroína durona, durante toda quadrilogia. Sem falar que a moça ucraniana de sobrenome esquisito fez a maioria das cenas de ação, chegando a se machucar de verdade em algumas, e de quebra, ainda confecionou o modelito da personagem no último filme, provando que não tem apenas que tem um rostinho bonitinho. Ah, e se alguém acha que é um caso de nepotismo, puro engano, pois Milla e Paul só começaram a namorar, e consequentemente se casaram, após o primeiro filme.

Vamos aos comentários de cada filme.

O primeiro filme, e disparado o melhor de toda série é Resident Evil: O Hóspede Maldito (o subtítulo tosco é mais uma contribuição dos distribuidores brasileiro). Na trama, o T-Vírus é liberado nas dependências da obscura cooperação Umbrella (antes desta ser nome de música da Rihanna) chamada de Colméia, obrigando a inteligência artificial isolar e matar todos os funcionários. Os cabeças da empresa enviam um pequeno grupo de salvamento, para desligar o tal computador e salvar os possíveis sobreviventes. Neste mesmo instante, Alice acorda sem memória na mansão que na verdade é o acesso em caso de emergência a Umbrella, que fica no subsolo de uma pequena cidade. Ao chegarem lá e desligarem o computador, descobrem que os mortos se tornaram zumbis, doidinhos por carne humana fresca, onde os heróis, têm que lutar por suas vidas, entre eles, a nossa Alice, que curiosamente neste filme, é uma mocinha quase indefesa (o quase porque entra em ação quando necessário), bem longe da heroína durona dos filmes posteriores.

Este primeiro filme é um filmaço, com um bom roteiro, com muita ação e suspense, na dose exata. A trilha sonora é ótima e empolgante, formada de Dance e Heavy Metal, se encaixa perfeitamente nas sequências certas. O elenco é bom, com destaque para Michelle Rodriguez, que para mim é uma das atrizes mais linda de Hollywood, fazendo o seu habitual personagem mulher durona coadjuvante. Sem sombra de dúvida é o melhor filme da série. Pelo menos até agora. Nota 8,5.

O filme seguinte Resident Evil 2: Apocalipse, mantêm o mesmo pique do primeiro filme, só que com menos suspense e mais ação, e graças ao seu ritmo acelerado e ao visual dos personagens, ficou com um jeitão de game mesmo. A trama começa onde o outro filme terminou, onde a burra cooperação Umbrella inventa de reabrir a Colméia, liberando os zumbis, espalhando o vírus por toda a cidadezinha. Feita a merda, a cooperação resolve isolar a cidade, deixando os poucos sobreviventes de banquente para os, literalmente falando, mortos de fome. Alice acorda numa ala isolada do hospital da cidade, onde os cientistas da Umbrella a fizeram de cobaia, e encontra a situação de caos da pequena cidade. Junto com os outros sobreviventes, vão lutar para resgatar uma garotinha, filha de um cientista de Umbrella e por suas vidas.

A partir deste filme, já somos apresentados a heroína durona que faz a galera delirar. Somando a experiência traumática de encarar os monstros no primeiro filme e as experiências com o T-Vírus, que os cientistas da Umbrella fizeram na sua cobaia favorita, Alice está mais ágil, forte, encarando zumbis, sejam humanos ou cachorros e um amigo, único sobrevivente junto com ela do primeiro filme, que agora é um super-monstro.

O filme mantêm o mesmo nível do primeiro, só que no geral, é um pouco inferior. Mas não é um filme ruim. Apenas só não é melhor que o primeiro, que tem um brilho próprio. Milla, ao contrário da sonsa participação no primeiro filme, finalmente acerta o tom e está ótima como a durona Alice. O elenco formado por artistas desconhecidos (uma característica da série), é ótimo, e se destaca mais que o elenco do primeiro. A trilha é fraquinha e, infelizmente, não mantêm o mesmo ritmo do primeiro. Em síntese, Resident Evil: Apocalipse é um bom filme de ação, que faz jus a sua origem fora das telas.

O último filme da minha maratona vespertina das aventuras de Alice e companhia foi Resident Evil 3: A Extinção, o mais fraco da série. Mesmo tendo assistido no canal Max, de quarta para quinta, logo quando eu cheguei do cinema, fiz questão de revê-lo para fazer um justo comentário.

Na trama, o T-Vírus tomou conta de todo planeta. Alice se junta a uma caravana de sobreviventes ruma ao Alasca, único local onde a epidemia de Zumbis não chegou. Enquanto isso, os cientistas da Umbrella continuam fazendo experiências, desta vez utilizando clones da Alice.

O filme não mantem o mesmo pique da série, chegando em alguns momentos, a ser chato e enfadonho. Em síntese: faz jus ao subtítulo. Devia ser extinto mesmo. Nota 3,5.



O quarto filme da série, Resident Evil 4: Recomeço, em síntese, é um excelente filme, perdendo apenas para o primeiro, e técnicamente empatado com o segundo, levando uma ligeira vantagem sobre este graças aos excelentes efeitos especias, filmados em 3D, a trilha sonora que recupera o status do primeiro filme de perfeitamente encaixada nas sequências.

Para não ser repetitivo, quem ainda não leu, acesse a minha postagem sobre o filme: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2010/09/unica-novidade-e-o-3d.html

Em síntese, a maratona com os três primeiros filmes da série Resident Evil, só reforçaram a minha opinião que esta série é de longe uma das melhores adaptações de game, um grande mérito já que estas costumam ser um desastre total. Que o diga os toscos Street Fighter: A Batalha FinalSuper Mário Bros.

Sem dúvida, a série Resident Evil permanecerá muitos anos na telona. E o ideal é que os produtores sigam a regra esportista que afirma que "Time que está ganhando, não se mexe!", principalmente mantendo o casalzinho Anderson e Jovovich. Os fãs da série e dos games,  e os cinéfilos fãs de filmes de ação como eu, agradecem.

Rick Pinheiro
Cinéfilo.

2 comentários:

  1. ÓTIMA MATERIA GOSTEI E CONCORDO COM VOCÊ

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  2. Muito obrigado, Lucas. Esteja a vontade para visitar meu humilde blog. Será sempre bem vindo.

    Abraços!!!! Fik c Deus!!!!!

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